Duas associações de jornais e revistas alemãs entraram, na segunda-feira, 18, com uma reclamação formal junto à Corte Federal de Cartéis do país contra o Google. De acordo com o New York Times, a BDZ e a BDZV alegam que o site de buscas mostra prévias de notícias de suas publicações nas páginas de resultados, o que viola as leis antitruste do país.
Segundo o porta-voz do Google, Kay Oberbeck, as autoridades alemãs exigiram que o site expusesse seu ponto de vista sobre o assunto. Oberbeck declarou que explicará o funcionamento de seus serviços e produtos "com prazer" e salientou que, "obviamente, o Google está de acordo com as leis da Alemanha". Para o executivo, o Google ajuda os sites de notícias com a geração de audiência e cliques, aumentando indiretamente suas receitas com publicidade.
A BDZ, a associação de jornais da Alemanha, declarou que, juntos, os sites dos jornais e revistas faturaram de 100 milhões de euros com publicidade no ano passado, enquanto o Google faturou de 1,2 bilhão de euros somente na Alemanha. Segundo o porta-voz da associação, Hans-Joachim Fuhrmann, "o Google diz que nos gera tráfego, mas o que acontece é que ele fatura bilhões e nós nada".
Além dos grupos de jornais e editoras, o Google também está enfrentando acusações de práticas irregulares do site de comparações de preços Ciao, da Microsoft, e do site alemão de mapas Euro-Cites. De acordo com o órgão do governo alemão, as acusações tratam de assuntos diferentes, mas estão intimamente relacionadas, já que visam fiscalizar a atuação da gigante das buscas nos mercados em que atua.
- Prática irregular