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    Organização centenária recorre à tecnologia para reduzir inadimplência

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    Se as taxas de inadimplência tendem a crescer num período de crise, uma organização que esteja impedida de cobrar juros ou multa por atrasos em mensalidades fica ainda mais vulnerável às instabilidades financeiras da população, sobretudo se ela depender exclusivamente disso para sobreviver. Em Joinville, cidade da região Norte de Santa Catarina, o Corpo de Bombeiros Voluntários – instituição com mais de 125 anos de história que recebe contribuições mensais para manter o funcionamento – esse problema aconteceu, e foi resolvido com o apoio da tecnologia.

    Um sistema de gerenciamento de pagamentos baseado na computação em nuvem – Asaas -, que foi desenvolvido no ecossistema de tecnologia catarinense, começou a enviar mensagens por e-mail e SMS lembrando a data de pagamento da contribuição. O resultado foi a redução em 55% da taxa de inadimplência. O diretor executivo do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville, Matheus Cadorin, afirma que desde o início da parceria — janeiro de 2016 — os atrasos caíram dos 4,5% para menos de 1% dos mais de 20 mil cadastrados.

    “O sistema permite automatizar a cobrança, evitando que o nosso parceiro esqueça de pagar a mensalidade. Os lembretes são enviados por mensagens eletrônicas antes e depois da data de vencimento, sempre convidando o cidadão a voltar a contribuir”, explica. O processo permitiu inclusive que integrantes do Corpo de Bombeiros Voluntários pudessem ser realocados em funções mais relevantes para a administração da estrutura, já que não há a necessidade de mantê-los na tarefa de ligar para os moradores cobrando os valores.

    Pagamento via conta de luz é caro

    Algumas instituições que dependem da doação pessoal de valores recorrem a outras formas de cobrança. A mais comum delas é a inserção da mensalidade na conta de energia elétrica, que é uma das últimas cobranças a ser deixada de lado pelos consumidores. “O problema é que as empresas ficam com metade do que é arrecadado”, diz o CEO da Asaas, Piero Contezini.

    Para reduzir os custos, o sistema permite ainda que as associações e organizações não governamentais (ONGs) emitam boletos bancários por uma taxa inferior à praticada pelos bancos. Enquanto as instituições financeiras tradicionais costumam exigir o pagamento de até R$ 12 por guia, os mesmos documentos, quando emitidos via software custam 15% desse valor.

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