Buscar informações sobre saúde na internet tem sido uma tendência desde a popularização da rede. A pesquisa Bupa Health Pulse, realizada pela London School of Economics (LSE), com 12.262 pessoas de 12 países – sendo 1.005 brasileiros – constatou que 86% das pessoas com acesso à web utilizam a rede em busca de orientações sobre saúde, remédios e suas condições clínicas.
Foi juntando o tripé da oportunidade de conquistar esse público, oferecendo um serviço confiável, o auxílio e apoio a pessoas que buscam reduzir peso e a motivação pessoal do empresário Daniel Wjuniski, que sempre lutou contra a balança na infância, que em julho de 2004 ele e o empresário Fernando Ortehblad se uniram a Roberto Lifschitz para montar o Dieta e Saúde, site de venda de programas nutricionais para perda de peso.
Wjuniski percebeu que o interesse por uma melhor qualidade de vida e bem-estar se refletia na busca por informações sobre temas ligados à saúde na internet. Além disso, observou que, diferente de outros segmentos como automotivo, empregos e entretenimento, o mercado de saúde não tinha um grande líder. Com um investimento de R$ 50 mil estava fundado o novo portal de saúde da internet brasileira. Uma iniciativa que, um mês após ir ao ar, se tornou o canal de saúde do MSN. Em três meses já liderava o segmento de Saúde, Nutrição e Exercícios na internet segundo o IBOPE. Em 2010 o faturamento foi de R$ 10 milhões, e seus representantes esperam dobrar esse número em 2011.
Em março de 2006, com a chegada do sócio Sylvio de Barros, o Dieta e Saúde se tornou parte integrante do Minha Vida (www.minhavida.com.br), portal que tem como objetivo democratizar informações de saúde na internet. A mudança de nome e o aumento do conteúdo se deu para desvincular o site apenas de emagrecimento e reforçar o conteúdo em saúde e bem-estar. O portal é baseado no sistema de pontos desenvolvido por uma equipe de profissionais formada por médicos, nutricionista e preparadores físicos.
Segundo Daniel Wjuniski, agora CEO do portal, a maior dificuldade durante o projeto foi o momento do mercado. De um lado, o gap que existia em saúde na internet se apresentava como uma grande oportunidade, de outro lado, era preciso desbravar e evangelizar um mercado que ainda duvidava que a internet poderia realmente ser uma fonte de informação de saúde. "Além disso, o capital que tínhamos era muito pequeno e foi necessária muita frugalidade", diz o executivo. "Operacionalmente, nossa maior dificuldade foi encontrar o parceiro certo de TI. Tivemos três experiências ruins antes de internalizar a equipe, assumindo que TI era o core business da empresa", explica.
Hoje o Minha Vida tem como parceiros de TI o UOL fornece todo o suporte de hospedagem on-line, o data center Akamai e a Virid. O conteúdo é desenvolvido pelos mais de 200 profissionais de saúde que colaboram com a iniciativa. Em abril foi atingida a marca de 11 milhões cadastros, consolidado o portal como um dos maiores verticais do País. Em 2010, o conteúdo do site foi visto por mais de 67 milhões de pessoas no mundo todo. "A diferença que fazemos na vida das pessoas pode ser medida pelos depoimentos que temos e por números como quilos perdidos, horas de exercícios feitas e anos de expectativa de vida ganhos a partir de mudança de hábitos que proporcionamos", completa o Wjuniski.
- Informações
