Mercado faz projeção ruim para resultado da Nokia que sai nesta semana

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Analistas do mercado revisaram para baixo a projeção de crescimento da Nokia no segundo trimestre. A fabricante finlandesa divulgará os resultados do período na próxima quinta-feira, 21. A razão do rebaixamento se deve ao fato de a empresa, mesmo depois de ter desistido do desenvolvimento do Symbian, seu sistema operacional para smartphones, e fechado acordo com a Microsoft para usar o Windows Phone em seus smartphones, não ter conseguido fazer frente a rivais que utilizam o Android, do Google, e ao iPhone, da Apple.
Em maio, a Nokia já havia anunciado que o resultado da divisão de serviços ficaria apenas "estável". A reação foi imediata: as ações caíram 14%. Além disso, os analistas observam que o plano estratégico da empresa de fabricar aparelhos de média gama, com foco nos países emergentes como Índia, para tentar estancar a queda de participação no mercado mundial, não vem dando o resultado esperado.
Segundo o analista Neil Mawston, ouvido pelo New York Times, "nada vai parar o declínio da Nokia". O maior problema da empresa é a falta de um produto de destaque nesse mercado. "É uma fabricante que não tem nenhum produto no momento", diz outro analista, Vincent Rech, ouvido pelo jornal americano. A empresa de investimentos onde ele trabalha, a Alken Asset Management, vendeu todas as ações da Nokia em fevereiro, quando a fabricante anunciou que iria produzir smartphones com o software da Microsoft.
A parceria poderia ter mudado os rumos da Nokia no lançamento do primeiro smarphone com o Windows Phone 7, o Mango. Entretanto, a Microsoft permaneceu calada sobre quais seriam os prováveis retornos para a fabricante com o acordo e anunciou que as remessas do produto não seriam tão grandes até o ano que vem.
A Nokia perdeu nova oportunidade de começar a reverter o cenário adverso quando se recusou a esclarecer qual seria o grau de um pacote de redução de gastos anunciado em fevereiro. Em abril, a fabricante informou que economizaria 1 bilhão de euros, mas o impacto total seria não contabilizado até 2013.
O analista Richard Windsor espera que a Nokia divulgue margem operacional negativa de 3,5%, abaixo dos 3,9% divulgados em 2010. "E tememos que fique ainda pior", completou.

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