Acordo entre grupos de mídia dos EUA põe Google contra a parede

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Algumas das maiores companhias de mídia dos EUA chegaram a um acordo sobre o conjunto de princípios que deve reger a lei de direitos autorais e antipirataria que serão aplicadas para o uso de vídeo e música na internet pelos sites de compartilhamento ? um movimento que pode desencadear um conflito com o Google. Entre as empresas estão a Disney, News Corp, NBC Universal, CBS, Viacom e a Microsoft.

Os participantes do grupo disseram que a intenção é evitar uma série de ações judiciais dispendiosas contra empresas de tecnologia que se tornaram distribuidoras de seus conteúdos vídeo online, ou ter de levar a questão ao Congresso, o que poderia gerar conseqüências como a imposição de uma legislação sobre o assunto.

A iniciativa das companhias também é ganhar influência sobre o Google, cujo site YouTube é o maior destino de vídeos online e que, ao mesmo tempo, se tornou uma grande fonte de frustração para meios de comunicação tradicionais.

Em março, a Viacom entrou com um processo contra o site, acusando-o de violação de direitos autorais ao permitir que os usuários postem clipes de sua Comedy Central e programas da MTV. Outras empresas de mídia têm reclamado ao Google que se empenhe para instalar tecnologia filtragem para evitar tais abusos, embora também tenham utilizado a ampla audiência do site para promover seus novos programas de TV.

O Google, que tem negado qualquer irregularidade, se mexeu para amenizar a queixa das empresas. Esta semana, ele anunciou que está desenvolvendo uma tecnologia de filtragem, que deve entrar em fase experimental.

"Agora vemos por que o Google estava em uma corrida desesperada para anunciar que iria empregar em breve uma solução proprietária para inibir a postagem de arquivos sem o pagamento de direitos autorais. Pois, com a iniciativa da indústria de comunicação, ele será forçado a aceitar o modelo comum estabelecido pelas empresas", disse o analista da Forrester Research, James McQuivey, ao jornal britânico Financial Times.

Como as conexões de internet de alta velocidade se proliferam e público jovem migrou para a rede, os executivos de mídia acreditam que o vídeo online está rapidamente se tornando fundamental para as suas empresas. Como resultado, as redes de TV americanas estão levando uma quantidade sem precedentes de seus programas para a internet, apoiados por publicidade.

O diretor executivo da Disney, Robert Iger, chamou os princípios definidos pelas empresas como "um roteiro para desbloquear o enorme potencial do vídeo online". Embora a Disney tenha exercido um papel preponderante nos debates, a presença da News Corp foi vital para o acordo, pois o seu site de relacionamentos MySpace já é hoje o segundo maior destino dos vídeos online.

As empresas de mídia têm um mau histórico em definir acordos sobre normas comuns, tal como demonstra guerra em curso sobre o formato para a próxima geração de DVD. Mas, desta vez, parece que todos entenderam que a questão do vídeo online não pode se transformar em outra batalha feroz, sob o risco de todos saírem perdendo.

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