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Um ano de pandemia: o que o maior período de instabilidade da história moderna nos ensinou

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foto: DanielZimmermann
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19 de março de 2020. Esta data ficará para sempre na minha memória. Foi exatamente neste dia, quando o Brasil começava a registrar os primeiros casos suspeitos da contaminação por um vírus desconhecido – e subestimado – que iniciamos nossa trajetória de trabalho em formato remoto.

Deixamos para trás uma sede recém-inaugurada, que perdeu importância no momento em que estar isolado parecia a decisão mais sensata a se tomar. A partir daquele 19 de março até nove meses depois permanecemos em home office. Reuniões por vídeo, projetos comandados através de ferramentas tecnológicas de gestão, adequação de todos os processos.

Foram meses de desafios e de grandes descobertas. Aos poucos e apesar das dificuldades, os profissionais foram descobrindo as vantagens do home office. Extinção do tempo perdido no trânsito, convertido em mais tempo para dormir; cafés da manhã em família, tempo para cozinhar o prato preferido no almoço, maior proximidade com o companheiro (a), filhos, pets.

Ao mesmo tempo em que o trabalho remoto caiu no gosto de boa parte dos profissionais, outros sentiram o peso do isolamento. Sem a proximidade com os colegas, o movimento das ruas, a convivência com as pessoas, tiveram dificuldades de produzir e manter a saúde física e mental nesta situação.

Ao perceber que vivenciávamos um momento único na história, em que a pandemia da Covid-19 parece longe do fim, que começamos a criar possibilidades distintas para apoiar as pessoas. Neste um ano de home office, criamos, por exemplo, o Giro 360, um evento online para conectar as pessoas e proporcionar a troca de experiências e alinhamentos necessários para o andamento das atividades. Outro fator que precisamos adequar foi a rotina de iniciativas na gestão de pessoas. Sem os tradicionais cafés da tarde, regados a cuca, tradicional doce do Sul, tivemos que desenvolver uma estratégia para que as pessoas se sentissem parte da empresa. Enviamos mimos e presentes pelo correio, e assim, mantivemos a conexão com todos.

Gente saiu, gente nova entrou, o home office permitiu contratar pessoas dos diversos cantos do Brasil. Nossa equipe hoje é espalhada e conectada ao mesmo tempo.

Agora, um ano após a decisão de levar o escritório para a casa das pessoas, temos um novo modelo de trabalho definido. Um formato híbrido, porque uma das grandes aprendizagens deste período é que as pessoas produzem e atuam de forma distinta. E levar em consideração o ambiente no qual elas se sentem mais seguras e produtivas é essencial nesta nova era do trabalho.

O chamado Home Work Ellevo não impôs um modelo único de trabalho. Ao avaliar tudo o que passamos nos primeiros nove meses de isolamento, percebemos a necessidade de tratar as pessoas de uma nova maneira, levando para a prática diária a rotina de adequação de processos e respeito às particularidades. Aprendemos, afinal, que é possível gerir, produzir e performar com pessoas diferentes, em ambientes diferentes. Aqui, os profissionais optam por três cenários de trabalho: 100% presencial, 100% home office, um modelo híbrido, intercalando dias na empresa, outros em casa.

Com organograma, processos e fluxos de trabalho bem definidos, ficou fácil continuar a trabalhar em home office, na empresa e em ambos os locais.

Mas entendemos, acima de tudo, que só tivemos muito sucesso nesse modelo porque nos mantemos conectados através da nossa plataforma, que permite gerenciar equipes de qualquer lugar que tenha acesso a internet.  Definimos o catálogo de serviços e cada área gerencia sua equipe com transparência.

Para os clientes, a mudança só foi benéfica: aqueles atendidos remotamente não tiveram nenhum impacto, enquanto os que migraram do modelo presencial para o remoto tiveram custos de viagem/hospedagem dos consultores reduzidos ou mesmo extintos.

Nós continuamos nos reunindo mensalmente, agora em auditório de amplo espaço e via videoconferência. Seguimos com um time mais engajado e serviços mantidos, incluindo a agenda de lançamentos das nossas soluções.

E neste um ano, a mudança foi para além do formato de trabalho. Nossa sede ficou grande demais e vazia.  Entendemos, afinal, que um endereço é só um endereço quando as pessoas não estão nele. Mudamos de local, pois agora somos uma empresa do mundo, com um escritório como ponto de referência e grande auditório para os encontros presenciais. Somos, mais do que nunca, conectados em todos os aspectos que o significado dessa palavra traz.

Irene da Silva, CEO da Ellevo.

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