O desempenho negativo das vendas no varejo em março se refletiu também no comércio eletrônico, de acordo com o SpendingPulse, relatório mensal da MasterCard sobre as vendas de varejo. Em março, as vendas totais — excluindo automóveis e materiais de construção — caíram 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já o e-commerce caiu 4,8% no mês. O trimestre fechou com ligeira queda de 0,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os setores como farmacêutico, móveis, hobby, livraria e vestuário apresentam resultado acima da média do canal de distribuição, enquanto o setor de eletrodoméstico está abaixo.
No comparativo entre janeiro e março deste ano, o varejo fechou com queda de 5,3%. O porcentual revela uma melhora no quadro na comparação com o último trimestre de 2015, quando o declínio chegou a 8,9%. Uma semana antes da Semana Santa/Páscoa foi possível identificar uma ligeira melhora nos resultados, que voltaram a piorar depois das comemorações.
Os setores com pior desempenho em março foram de vestuário, móveis, eletrodomésticos e combustíveis. Por outro lado, artigos farmacêuticos, material de construção, supermercado e artigos de uso pessoal e doméstico cresceram acima do indicador de vendas totais.
A região Sudeste (–2,4%) apresentou desempenho acima da média, enquanto Nordeste (–7,0%) Norte (–6,7%) e Centro-Oeste e Sul (–3,7%) ficaram abaixo do registrado pelo varejo, na comparação com o mesmo período do ano passado.
“A perspectiva de aumento da taxa de desemprego piora o ambiente para as vendas no varejo. O ambiente atual continuará terá forte impacto sobre o setor varejista nos próximos meses “, analisa Kamalesh Rao, diretor de pesquisa econômica da MasterCard Advisors.