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Aumentam os ataques em todo o mundo ao projeto Internet.org do Facebook

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Apesar de Mark Zuckerberg defender com veemência o projeto de internet gratuita do Facebook, o Internet.org, após diversas empresas indianas desistirem da iniciativa, que supostamente violaria a neutralidade de rede naquele país, outros países têm questionado a ampliação do projeto, cujo objetivo é dar acesso à web para os dois terços da população no mundo que ainda não estão conectados.

Grupos de críticos ao projeto divulgaram uma carta aberta a Zuckerberg nesta semana acusando o Internet.org de criar uma internet “de duas camadas”, “em que as pessoas mais pobres do mundo só vão ser capazes de acessar um conjunto limitado de sites inseguros e serviços”.

A carta vem na esteira dos protestos em massa na Índia, em que mais de 1 milhão de pessoas assinaram uma petição solicitando ao órgão regulador das telecomunicações no país que proibisse o Internet.org. Em abril, um grupo de empresas de tecnologia indianas desistiu de participar do projeto, alegando que ele ameaça “neutralidade de rede”, princípio pelo qual todos os dados devem ser tratados igualmente.

A discussão a respeito da neutralidade da rede na Índia dizia respeito ao acesso gratuito a determinados sites que não consomem os planos de dados do usuário, como acontece no Internet.org. Porém, as pessoas acabam usando muito mais os sites gratuitos do que as outras páginas, gerando o que os críticos ao projeto classificam como “concorrência desleal”.

O fundador do Facebook diz que a empresa não escolhe sozinha quais sites serão incluídos no projeto. A rede social trabalha com operadoras e governos locais para decidir quais aplicativos e serviços, se de cuidados básicos com a saúde, emprego ou informações sobre a educação, por exemplo, fazem mais sentido naquela determinada realidade. Por isso, alguns sites acabam ficando de fora, segundo Zuckerberg.

Neutralidade

Para os ativistas, a escolha de quais serviços serão oferecidos, sem incorrer em taxas de dados, viola a neutralidade de rede. Eles se opõem ao projeto alegando que essa prática é inerentemente discriminatória. “É por isso que tem sido proibido ou restringido em países como o Canadá, Países Baixos, Eslovénia e Chile”, diz a carta. “Estes acordos podem pôr em perigo a liberdade de expressão e a igualdade de oportunidades, permitindo que os prestadores de serviços decidam quais os serviços de internet serão privilegiados em detrimento de outros, interferindo assim no livre fluxo de informação e no direito das pessoas vis-à-vis à rede.”

Em um comunicado enviado por e-mail, a porta-voz do Facebook, Saman Asheer, disse: “Nós e nossos críticos compartilhamos uma visão comum que é ajudar mais pessoas terem acesso ao maior número possível de experiências e serviços na internet”. “Estamos convencidos de que à medida que mais e mais pessoas obtiverem acesso à internet, elas verão os benefícios e irão querer usar ainda mais serviços. Temos trabalhado com operadoras para oferecer serviços básicos para as pessoas, sem qualquer custo, convencidos de que os novos usuários desejam ir além dos serviços básicos e pagar por serviços mais diversificados”, completou.

Durante uma coletiva de imprensa realizada na semana passada na sede da empresa na Califórnia, Zuckerberg não quis entrar na polêmica, mas falou sobre a responsabilidade do Facebook para “conectar todos no mundo”. “Estamos tentando ajudar a todos no mundo a acessar a internet”, disse ele, ao lembrar que mais de 4 bilhões de pessoas no mundo não têm qualquer acesso à rede mundial. Segundo ele, até agora, o Internet.org já conectou 9 milhões de pessoas à rede mundial pela primeira vez. Com informações de agências de notícias internacionais.

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