Novos lances por ativos de internet do Yahoo devem ficar até US$ 3 bi abaixo dos anteriores

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Os lances pelos ativos de internet do Yahoo, que incluem sua ferramenta de buscas e site de notícias, na segunda fase do leilão, devem ficar bem abaixo do patamar de US$ 4 bilhões a US$ 8 bilhões da etapa anterior, realizada em abril. A Verizon Communications, gigante das telecomunicações considerada a favorita na concorrência, bem como outras empresas e fundos de private equity, devem fazer ofertas entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões menores, informaram pessoas familiarizadas com o assunto ao The Wall Street Journal — a corretora de valores Cantor Fitzgerald avalia o negócio de web do Yahoo entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões.

Segundo outras fontes, algumas ofertas ainda podem ficar de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões acima, mas nenhuma deve chegar perto do valor esperado pela empresa. Também é possível que nem todos os participantes se candidatem para a disputa de todos os negócios core do Yahoo e que algumas propostas sejam estruturadas de forma diferente.

Até agora, não foi revelado o vencedor da primeira fase do processo de licitação. A empresa está atualmente na segunda rodada do leilão. O Yahoo estabeleceu como data para entrega das propostas a primeira semana de junho, disseram algumas pessoas ouvidas pelo jornal americano. Não está claro se essa será a rodada final ou se haverá outra, disseram as fontes.

Entre os participantes da disputa estão o fundo de private equity TPG e um grupo investidores que inclui a Bain Capital, Vista Equity Partners e ex-CEO do Yahoo, Ross Levinsohn. Além desses também participa o Quicken Loans, do bilionário Dan Gilbert, que faz parte de um grupo de investidores apoiado pela Berkshire Hathaway, pertencente ao megainvestidor Warren Buffett.

Nas últimas semanas, esses potenciais compradores tiveram acesso a um "data room" com detalhes de dados não públicos sobre o desempenho financeiro da empresa e suas perspectivas.

O valor de venda dos ativos de web do Yahoo é difícil de ser atingido porque os US$ 35 bilhões de valor de mercado da empresa se devem em boa parte às participações da empresa no gigante chinês do comércio eletrônico Alibaba e no Yahoo Japão. Para completar, no mês passado, o Yahoo divulgou os resultados financeiros do primeiro trimestre com uma queda na receita de 18%, para US$ 859,4 milhões. Foi a primeira vez que a receita da empresa caiu abaixo de US$ 1 bilhão, desde Marissa Mayer assumiu o comando da empresa há quase quatro anos.

O segmento dos negócios do Yahoo que Mayer elegeu como seu motor de crescimento está declinando drasticamente. A receita com "mavens" — métrica financeira que a empresa introduziu no ano passado para rastrear celulares, vídeo e anúncios sociais — cresceu 6,8% em relação ao ano anterior, para US$ 390 milhões. A título de comparação, no quarto trimestre do ano passado o aumento foi de 26%, no terceiro período foi de 43% e no segundo trimestre, 60%.

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