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A quarta revolução industrial no setor têxtil

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Desde o final de 2017, está em operação a Fábrica 4.0 do setor têxtil. A iniciativa foi movida por estudos do Senai CETIQT (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil) na metade de 2016, com um ousado projeto de transformar a produção de peças na indústria até a entrega das mercadorias ao cliente. Assim como outros segmentos industriais que passam pelo mesmo processo de mudança, reflexo apontado nos dados da FIESP, quando revela que a indústria regrediu 55% da sua participação no PIB nacional.

O setor têxtil fatura hoje US$ 45 bilhões, somando 33 empresas com mais de cinco funcionários e 33 mil indústrias com uma equipe inferior a esse número, somando 1,5 milhão de empregos diretos. Estudo realizado pelo SENAI CETIQT para 2030 revelou que IoT é um dos pontos de diferenciação porque proporciona conectividade, integração e convergência. Foi a partir dessa análise que o Senai SETIQT criou a primeira Fábrica 4.0 do Brasil.

As principais tecnologias adotadas foram: manufatura acionada pelo consumidor; robótica, automação e virtualização; realidade aumentada; realidade virtual; sistemas de visão; sensores, atuadores e Interfaces Homem Máquina – IHM;  IoT (Internet das Coisas) & Cloud Computing; Big Data & Analytics; AI – Inteligência Artificial; Sistemas de Integração Horizontal e Vertical.  Todo esse arsenal, segundo Robson Marcus Wanka, gerente de Educação do SENAI CETIQT, requer um investimento de R$ 2,5 milhões, com retorno em um ano.

Ele explica que a planta fabril da Fábrica 4.0 começa com a sua produção com espelho virtual onde o consumidor se vê dentro da roupa, usando um estudo antropométrico que tira as medidas e a partir daí é possível personalizar em locais de estampa e quais cores você quer escolher. Assim, o custo com as peças de tecidos é reduzido, uma vez que todo o processo é feito com tingimento onde uma impressora Epson conversa com a calandra por meio de dispositivos de IoT.

Dessa forma, é possível dar ao cliente o poder dele escolher o que ele quer usar e ele passa a ser o design das peças. Por meio de um robô colaborativa será dado um toque no tônus muscular da perna do cliente para medir a elasticidade da calça, por exemplo. Assim, é criado um processo de robotização com inteligência artificial e conectividade. E toda a cadeia de fornecimento já está conectada sem interferência humana, nem na manufatura. No final, a costureira já terá as peças cortadas por uma máquina e contará com o QR CODE para orientá-la como será a montagem da peça, onde também é usada a realidade aumentada. A etiqueta com o QR CODE é colocada na peça e a assinatura do cliente também.

Em seguida, um sistema dobra e ensaca e o robô armazena a peça num estoque intermediário. O cliente recebe uma foto do robô, que irá realizar a entrega do produto ao cliente. O robô realiza a prova da roupa sem uso de espelho e, por meio de um sistema de mapeamento da face, é possível identificar a satisfação do cliente.

“Não há nada com esse nível de inovação no mundo. Vamos levar a Fábrica 4.0 para a Olimpíada do Conhecimento. Além disso, criamos um Master Business Inovation com foco na implementação de projetos reais na indústria 4.0 para que as principais indústrias do setor discutam o tema. Hoje contamos com 48 organizações que discutem todas as etapas: posicionamento, produtos e materiais, processo produtivo, tecnologia 4.0, viabilidade e projeto”.

Outra iniciativa, de acordo com Wanka, é uma parceria com a ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) para discutir como ajudar as microempresas para ingressar na indústria 4.0, uma vez que possuem grande representatividade no setor. O foco abrange o aumento da produtividade, melhorar a qualidade de produto, reduzir custos, desperdícios e retrabalho, fomentar a sustentabilidade (ambiental e financeira), implementar tecnologia e inovação, valorizar o capital humano e atender aos requisitos legais (compliance, ambiental e social).

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