Canteiros conectados: como a tecnologia está redesenhando o futuro da construção civil na América Latina

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O setor de construção é um dos mais importantes da economia latino-americana. Com projeção de alcançar US$ 843 bilhões até 2029, segundo a consultoria Mordor Intelligence, essa área se mostra dinâmica, estratégica e indispensável para o desenvolvimento da região. Brasil, México e Argentina lideram esse movimento, impulsionados por investimentos em infraestrutura, habitação e energia. Porém, esse avanço ainda depende de uma longa caminhada em prol de obras mais seguras, eficientes e sustentáveis. E, para ajudar nesse caminho, a tecnologia já é uma grande aliada.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o setor registra 60 mil mortes por ano no mundo, sendo o tema de segurança uma das maiores prioridades para essa transformação. A estimativa da OIT de 60 mil mortes anuais na construção global é um alerta que não pode ser ignorado. Isso porque, em um ambiente com tantas variáveis imprevisíveis, o uso de tecnologia para monitorar comportamentos de risco, automatizar processos perigosos e garantir protocolos mais rigorosos é essencial.

Além disso, a digitalização dos canteiros de obra e a integração de dados em tempo real já não são tendências futuras, mas necessidades urgentes. E não falo apenas da diminuição do risco de acidentes. Soluções baseadas em Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT) e automação têm sido adotadas com sucesso para mitigar riscos, reduzir desperdícios e aumentar a produtividade.

Acredito que, como especialistas em tecnologia, temos um compromisso com a construção de ambientes de trabalho mais dignos, organizados e produtivos. E as soluções para o setor de construção também são capazes de aumentar a eficiência operacional ao permitir uma gestão mais inteligente dos recursos, cronogramas mais assertivos e controle rigoroso dos orçamentos. Um dos indícios que comprova essa afirmação são os estudos da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e da Deloitte, que mostraram que empresas que investem em inovação conseguem superar gargalos operacionais históricos e criar uma cultura de excelência no setor.

Na Samsung, oferecemos soluções capazes de transformar esse desafio de segurança em oportunidades. Um dos nossos principais destaques é o Galaxy Watch, que atua com o monitoramento avançado da saúde do trabalhador com sensores biométricos de última geração. No dispositivo, temos importantes funcionalidades para garantir um trabalho mais seguro e eficiente, como a análise ECG, que mede e controla a atividade cardíaca; a detecção de apneia do sono; o monitoramento de frequência cardíaca irregular, que avisa sobre variações anormais nos batimentos cardíacos; a detecção de queda, capaz de acionar automaticamente contatos de emergência e a geolocalização, que pode auxiliar, por exemplo, na sinalização sobre a proximidade do trabalhador a zonas de risco.

Além do relógio, outro wearable inteligente é o Galaxy Ring, um anel leve e discreto, que permite o rastreamento contínuo do bem-estar. Esse dispositivo ajuda empresas a monitorar métricas críticas de saúde e fadiga em tempo real, contribuindo para decisões mais assertivas e ambientes de trabalho mais seguros e humanos.

Para mim, construir o futuro exige mais do que concreto e aço. Exige inteligência, responsabilidade e visão de longo prazo. Por isso, também temos um foco estruturado para fornecer tecnologias que permitam a eficiência operacional e a digitalização do setor de construção. Para isso, temos soluções para salas de controle, como monitores profissionais QLED 8K e Ultra-Wide, que permitem maior visibilidade e precisão na análise de dados em tempo real; a The Wall, com certificações TUV Rheinland-Eye Comfort e EMC Classe B; Samsung e-Board, desenvolvido para melhorar a colaboração em ambientes corporativos e educacionais; dispositivos robustos, como smartphones e tablets desenvolvidos para aplicações em ambientes severos, resistentes a condições extremas; e Samsung Knox Suite, para o gerenciamento de segurança corporativa que protege, implanta e monitora dispositivos móveis de maneira centralizada.

Outro eixo fundamental dessa transformação é a sustentabilidade. Não tenho dúvidas de que o futuro será moldado por empresas capazes de combinar inovação tecnológica com conhecimento profundo do setor, e entender que a transformação digital só faz sentido se for humana, segura e sustentável é imprescindível.

A demanda crescente por green buildings na América Latina evidencia o desejo de um novo perfil de consumidor e investidor. A construção inteligente, voltada à eficiência energética e ao uso racional de recursos, está no centro dessa agenda. E, para acompanhar essa evolução, temos três importantes soluções para o mercado: o DVM S2, nossa solução VRF que oferece operação otimizada e alta eficiência energética, equipado com tecnologias de inteligência artificial, ajusta automaticamente os parâmetros para otimizar o desempenho, e resultando em uma redução de até 11% no consumo de energia em comparação com modelos anteriores; o Samsung b.IoT que, com auxílio de AI, monitora e otimiza em tempo real a climatização, ventilação e consumo energético; e o Samsung WindFree AI, tecnologia exclusiva da Samsung para ar-condicionado, que dispersa o ar suavemente por meio de milhares de microfuros, evitando o desconforto causado pelo vento direto.

Esse movimento é favorecido pelo contexto regional: com 58% da energia elétrica latino-americana oriunda de fontes renováveis, temos uma base sólida para impulsionar edificações mais verdes. Por isso, temos, hoje, uma realidade onde a responsabilidade do setor em contribuir ativamente para a descarbonização da economia é ampliada para muito além do discurso, mas por meio de ações práticas e mensuráveis.

Na nossa atuação como parceiros da indústria da construção civil na América Latina, queremos impulsionar essa transformação ao lado de nossos clientes e colaboradores. Acreditamos que cada inovação aplicada no canteiro de obras é, na verdade, um investimento na vida das pessoas e no desenvolvimento das cidades que queremos habitar.

Porque, no fim das contas, construir é mais do que erguer estruturas; é desenhar possibilidades para o amanhã. E a tecnologia é a ponte mais sólida para atravessar esse caminho.

André Peixoto, Diretor Sênior de Oferta Integrada B2B da Samsung para a América Latina.

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