Indústria Criativa movimenta R$ 393,3 bilhões e ganha força no mercado formal, aponta Firjan

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A Indústria Criativa, que engloba atividades baseadas no capital intelectual, inovação e na geração de valor por meio da criatividade, já responde por 3,59% do PIB nacional, consolidando-se como uma força econômica crescente no Brasil. Em 2023, o setor movimentou R$ 393,3 bilhões e empregou mais de 1,26 milhão de profissionais com carteira assinada, segundo o novo Mapeamento da Indústria Criativa, divulgado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

A definição de Indústria Criativa, conforme o estudo, abrange os setores econômicos que têm como insumo principal a criatividade, o conhecimento e a propriedade intelectual. Isso inclui áreas como design, moda, publicidade, audiovisual, música, tecnologia, entre outras. O levantamento considera 13 segmentos agrupados em quatro grandes áreas: Consumo, Mídia, Cultura e Tecnologia.

O crescimento de 6,1% no número de empregos formais no setor — quase o dobro da média nacional (3,6%) — reflete a importância econômica e social das atividades criativas. Entre os estados com maior participação relativa da Indústria Criativa no PIB, destacam-se São Paulo (5,3%), Rio de Janeiro (5,2%), Distrito Federal (4,9%) e Santa Catarina (4,2%), todos acima da média nacional.

Segundo Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, o estudo reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à qualificação profissional, inovação e infraestrutura para sustentar o crescimento do setor. "Os próximos mapeamentos devem refletir os impactos positivos de medidas já em curso", projeta.

A maior parte dos profissionais criativos está concentrada nas áreas de Consumo e Tecnologia, que juntas respondem por mais de 85% dos vínculos empregatícios formais do setor. A área de Cultura, embora menor em volume de trabalhadores, apresentou o maior crescimento proporcional (10,4%) no último ano.

Outra revelação relevante do mapeamento é a presença expressiva de profissionais criativos em empresas cuja atividade principal não é considerada criativa — mais de 1 milhão de trabalhadores atuam em setores como indústria de transformação, alimentação, têxtil e metalurgia, o que evidencia a transversalidade da criatividade como valor estratégico em diversas cadeias produtivas.

Desde sua primeira edição em 2008, o Mapeamento da Indústria Criativa acompanha a evolução do setor no Brasil. Em 2004, o setor representava apenas 2,09% do PIB nacional; em 2023, chegou a 3,59%, confirmando sua trajetória de ascensão. O Sudeste concentra 61,1% dos empregos criativos, bem acima da média geral de distribuição da força de trabalho formal (48,2%).

O estudo completo, incluindo painéis interativos com dados personalizáveis por estado e município, está disponível no Observatório da Indústria da Firjan. A nova edição será apresentada oficialmente no dia 24 de junho, na Casa Firjan, com entrada gratuita.

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