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As barreiras que cercam a contratação ágil

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Quem trabalha com metodologia ágil certamente já teve que lidar com alguns mitos sobre o conceito, como uma suposta falta de compromisso, desenvolvimento de trabalhos sem previsão de entrega e a busca por velocidade em vez de qualidade nos projetos. Um modelo diferente de gestão naturalmente traz questionamentos e dúvidas, principalmente por parte de empresas que se estruturaram no formato mais tradicional. Contudo, é preciso quebrar barreiras para que a cultura ágil seja uma opção viável para quem busca fornecedores de produtos digitais.

Por contar com mudanças e imprevisibilidade, hoje a  metodologia ágil se encaixa não só no desenvolvimento de softwares, mas também em diferentes áreas de atuação. Porém, nenhum modelo de gerenciamento resolve todos os problemas da empresa. Ao confundirem agilidade com velocidade, muitas pessoas pensam que os produtos serão desenvolvidos em menor tempo – quando, na realidade, indicam que será muito mais aderente aos negócios, entregando valor mais rapidamente do que processos burocráticos.

Veja quatro obstáculos que ainda impedem as empresas de fazer a contratação de um projeto ágil.

1 – Pensamento voltado para feature e funcionalidade

Este é o primeiro vício que deve ser abandonado pelas empresas. Antes de pensar nos recursos do produto, é necessário compreender as metas de negócios e as necessidades dos usuários. Para isso, é ideal recorrer ao MVP (produto mínimo viável), uma técnica que entrega um produto enxuto, finalizado e que será validado com os usuários finais. Assim, é possível saber se o projeto está no caminho certo.

2 – Pouco conhecimento sobre cultura ágil

A falta de informação sobre a metodologia e até mesmo o choque de mindset também impedem o sucesso de um projeto ágil. Entretanto, não é apenas a falta de conhecimento das empresas contratantes, mas dos próprios fornecedores que utilizam essa expressão e que, na realidade, não conhecem o conceito. Esse comportamento pode mudar com pesquisa e informação sobre o tema.

3 – Falta de confiança

Sem conhecimento, é natural ter um receio maior com o fornecedor que utiliza métodos ágeis. Isso impede, por exemplo, que ele possa atuar em todas as áreas de desenvolvimento do produto digital – algo essencial para o sucesso do projeto. Isso é perceptível quando o contratante apresenta “soluções” prontas sem ouvir os usuários e analisar as métricas, subutilizando o parceiro contratado.

4 – Imposição de escopos de trabalho

Normalmente, o modelo de contratação da empresa é orientado a orçamento e planejamento – o que prevê analisar os requisitos de entregas. A grande maioria das corporações trabalha assim, o que em tese não representa problema para o ágil. Porém, impõe três restrições: objetivo, verba e estrutura de trabalho. Ao querer limitar este último ponto, a empresa corre grandes riscos, pois não se tem a certeza do quanto está adequada à verba disponível e nem se a meta será atingida se todos os itens forem feitos. Assim, a metodologia ágil torna-se quase impossível de ser “comprada” porque ninguém dentro da empresa vai saber como ela funciona.

Rafael Cichini, CEO da Just.

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