Os resultados financeiros do primeiro trimestre do ano fiscal de 2017, encerrado em 30 de setembro, mostram que a Microsoft ainda não conseguiu consolidar totalmente a mudança do seu modelo de negócio da venda licenças de uso por usuário ou por máquina para a oferta de software na nuvem.
A empresa encerrou o período com queda de 4% no lucro líquido, de US$ 4,9 bilhões um ano antes para US$ 4,7 bilhões, e a receita manteve-se praticamente estável em US$ 20,3 bilhões. As receitas do segmento computação pessoal diminuíram 2%, para US$ 9,3 bilhões, além da queda de 72% nas receitas da unidade de telefonia móvel e de 5% no negócio de games.
O que ajudou a amenizar o trimestre fraco foram ganhos em produtividade e processos de negócios, que tiveram aumento de 6%, para US$ 6,7 bilhões, e com o negócio de nuvem inteligente, que cresceu 8% para US$ 6,4 bilhões. Esse salto da receita com serviços de nuvem inclui uma melhoria de 116% da plataforma Azure, que tem cerca de 10% do mercado global de cloud em relação a líder Amazon Web Services, que detém 30%.
Isso parece ter animado Wall Street. As ações da empresa no after-hours trading, negociação após o fechamento da Nasdaq, chegaram a subir 6%, negociadas a US$ 60,679, nesta quinta-feira, 20.
Contudo, embora o crescimento de três dígitos do Azure seja notável, o número global da Microsoft com a oferta de nuvem ainda está muito longe da previsão feita pelo CEO Satya Nadella de que a companhia atingirá US$ 20 bilhões em receita anual com nuvem até 2020.
Além disso, a Microsoft fechou o trimestre ainda à espera da aprovação da sua oferta de compra de US$ 26 bilhões para o site de relacionamento profissional LinkedIn, visto pela empresa como mais um impulsionador do negócio de computação em nuvem.