O que são spamtraps e por que se preocupar com elas

0

Com a popularização do e-mail, as formas de evitar o recebimento de mensagens indesejadas, o chamado spam, se tornam mais eficientes ano após ano. Por princípio, mensagens como newsletters, e-mail marketing e outros envios em massa só podem ser realizados com a concordância do destinatário. Esta concordância fica clara através do chamado opt-in.

No entanto, muitas empresas usam "atalhos" para construir uma base de contatos de forma rápida e acabam optando por comprar listas de e-mail. Essa prática é a receita certa para contaminar a base de contatos existente da empresa com spamtraps, ou seja, endereços de e-mail pelos quais os provedores de serviços de internet (ISPs, na sigla em inglês) conseguem rastrear os enviadores de spam e bloquear seus IPs. Mais do que problemas com bloqueio, cair em uma spamtrap pode custar a reputação de um negócio.

Existem dois tipos de spamtraps. As spamtraps reais, que são criadas pelos ISPs para receber e rastrear mensagens mal-intencionadas. Não existe um motivo legítimo para que uma mensagem chegue a um desses endereços, visto que eles não pertencem a nenhum usuário real, e nunca fazem opt-in, o que significa que é impossível que elas entrem em seu banco de dados se você estiver seguindo as melhores práticas para a construção da sua base de e-mails.

O outro grupo é formado pelas spamtraps recicladas. São endereços de e-mail inativos que passam a ser monitorados pelos provedores após um certo tempo de inatividade por parte do proprietário da conta. O efeito desse tipo de armadilha sobre a reputação do remetente é menor que o de uma spamtrap real, mas cada mensagem enviada a esses endereços também é registrada como uma ocorrência de spam, visto que a conta não pertence mais a um usuário ativo. Por este motivo, não deveria estar na lista de nenhum remetente. Logo, o uso de listas antigas também é um problema: um banco de dados mal gerenciado e sem atualização pode causar consequências severas para a reputação do remetente.

A falta de cuidado ou a pressa para acelerar campanhas de e-mail marketing levam à contaminação das listas e cobra um preço alto: se o seu IP for bloqueado por uma spamtrap real, além de arcar com a interrupção da campanha e as despesas que isso possa gerar, restabelecer a reputação de remetente pode levar, em alguns casos, de seis meses a um ano. Além disso, a falta de adesão às melhores práticas de aquisição de e-mails é o principal fator causador dos problemas de entregabilidade. E a baixa taxa de Inbox significa, inevitavelmente, piores resultados com suas campanhas de e-mail.

Além de construir a base de forma lícita e manter as listas de e-mail atualizadas, vale ficar de olho nos registros de retorno, os chamados logs de bounce: é possível obter informações valiosas sobre o motivo da não entrega de suas campanhas a partir desses registros. Porém, se você já caiu em uma spamtrap, principalmente do tipo real, o jeito é se preparar para soluções parciais e para os altos custos do processo de recuperação da sua reputação.

Verifique suas listas de e-mail cuidadosamente antes da próxima campanha, reconfirme todo o seu banco de dados e busque por qualquer anormalidade em suas inscrições. Isso pode te custar um grande volume de e-mails cadastrados e diminuir o tamanho da sua base. Porém, a efetividade de suas campanhas de e-mail marketing, o retorno sobre o investimento, seus resultados, e a reputação de remetente da sua marca agradecerão o esforço.

Thiago Catino, gerente sênior de Customer Success da Validity.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.