Combinar tendências é a melhor maneira de aproveitar o Big Data

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"Big Data" foi um dos termos mais discutidos em TI na América Latina nos últimos 12 meses. E por uma boa razão: no seu estudo de previsões para 2013, a empresa de análise IDC declara que um terço das empresas na América Latina investirá em Big Data e que os investimentos nesta área ultrapassarão U$ 480 milhões. Ainda mais importante, no final de 2013, o Big Data atingirá um ponto de inflexão crítico, no qual a maioria das empresas terá determinado um deslocamento do investimento em tecnologia acoplado às necessidades do Big Data. A IDC prevê ainda que um terço de todos os CIOs elevará o Big Data a uma prioridade mais alta de investimento em 2014. Somente no Brasil, espera-se que esse mercado salte do nível atual de U$ 168 milhões para aproximadamente U$ 500 milhões em 2016, de acordo com a Frost & Sullivan.

Antes de definir uma estratégia de Big Data para um negócio, precisamos primeiro compreender o conceito de Big Data e como se aplica a um negócio. A consultoria McKinsey&Company define Big Data como "a compilação de conjuntos de dados tão grandes e complexos que se tornam difíceis de processar usando as ferramentas de gerenciamento de base de dados disponíveis". Esta tendência ocorre porque as organizações perceberam o valor das ideias que podem ser obtidas a partir da análise de um único grande conjunto de dados relacionados, o que permite que correlações sejam encontradas, as quais podem auxiliar as tendências de negócios locais. É, portanto, o aspecto analítico do Big Data que beneficia o negócio.

Big Data não pode apenas ser utilizado em pesquisas e meteorologia – a maioria dos negócios podem se beneficiar dele, incluindo as organizações governamentais. De fato, os analistas da Frost & Sullivan prevêem que 90 por cento de todos os dados que os portadores de telecomunicações processam não são usados de uma forma inteligente para gerar novas receitas. Essa análise sinaliza que os fornecedores devem usar Big Data para compreender o tipo de serviços especiais que eles podem oferecer e como reter seus melhores clientes. De forma semelhante, a IDC posiciona as tecnologias de Big Data como uma forma inovadora de agregar valor a uma entidade de frente com as operações e com o desenvolvimento de infraestruturas. No caso do setor público, a IDC prevê um aumento no gasto do governo em áreas que envolvam prevenção de sonegação de impostos, defesa e segurança do cidadão, monitoramento da opinião do cidadão, gerenciamento do fluxo urbano, entre outras. Também, de acordo com a IDC, um terço dos projetos de Big Data envolverá descobrimento de dados e soluções analíticas durante 2013.

Devido a todos os benefícios associados com a transição para Big Data, as empresas estão focando minuciosamente no armazenamento de Big Data. Como um primeiro passo importante, isso não permitirá que as organizações notem os verdadeiros benefícios do conceito. Adquirir todos os servidores necessários para processar e minerar os dados é caro e levará a recursos que não serão completamente usados em outros momentos.

                   

Para fazer sentido econômico e estratégico, os CIOs devem combinar o poder de três megatendências de TI – Big Data, virtualização e nuvem. A virtualização e a nuvem são viabilizadoras para colocar o Big Data em uso, possibilitando criar grandes grupos automatizados de computação que podem ser ampliados e reduzidos de acordo com o volume de dados a serem processados. Combinados, criarão uma base flexível, escalável e inteligente para aplicações de Big Data.

Assim, as empresas podem "liberar" virtualmente a capacidade ilimitada de armazenamento dos fornecedores da nuvem na forma de "Infraestrutura como um Serviço", pagando apenas pelo que usarem. Assim, o problema de capacidade de armazenamento e de processamento está resolvido.

Contudo, movimentar grandes conjuntos de dados na nuvem revelará a ligação fraca no "ecossistema de Big Data" – uma rede que não é construída para manipular grandes quantidades de dados. De forma similar a outros problemas de capacidade de rede, esta questão não pode ser abordada de forma sustentável ao instalar ou liberar simplesmente pipes de dados maiores – devido à desconcertante gama de novos serviços e ao inexorável aumento nos dados.

Como alternativa, o processamento de Big Data é melhor quando feito num data center virtual, onde as paredes físicas individuais são efetivamente quebradas para conectar vários terminais com uma entidade lógica única. Para expor de outra forma, um "centro de dados sem paredes" é criado baseado em uma rede de "Backbone de Nuvem" de alto desempenho para conectar diretamente um grupo maior de recursos compartilhados entre os data centers da empresa e do fornecedor.

Ao virtualizar e agrupar todos os recursos de data centers e de rede, as organizações podem permitir a instalação e a migração flexível de demandas de acordo com as necessidades variáveis. Esse é apenas um cenário de TI que pode atender economicamente o desafio de infraestrutura representada pelo Big Data e permite que essa tendência cumpra a sua promessa.

Para fazer o Big Data funcionar em sua empresa, de modo que esse poder computacional possa ser facilmente instaurado para processar conjuntos de dados, você precisará de uma conexão de alto desempenho do seu centro de dados para a nuvem do(s) centro(s) de dados do fornecedor. Além do serviço de conectividade estática – que pode ser caro para ser acessado o tempo todo, uma conectividade de "desempenho com base na demanda" pode permitir que você aumente a largura da banda quando precisar e a reduza quando não precisar.

Portanto, certifique-se de que você tenha uma infraestrutura de TI que possa aproveitar os recursos virtuais, mas que seja também construída com uma conectividade baseada no desempenho on demand, para que você pague somente o que utilizar.

Fabio Medina, vice-presidente de vendas para a América Latina da Ciena

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