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WeDo Technologies investe para levar solução de revenue assurance a novos mercados

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A entrada em novos segmentos de mercado foi a estratégia adotada pela WeDo Technologies, empresa portuguesa de soluções de business revenue assurance, para continuar seu crescimento, antes centrado no setor de telecomunicações. Com a expansão da atuação, a companhia estima alcançar receita da ordem de 65 milhões de euros neste ano, o que, se confirmado, representará um crescimento de 10% em relação a 2014, quando contabilizou 59,5 milhões de euros.

Segundo Rui Paiva, CEO da empresa, que nesta quinta-feira, 21, fez a abertura da 10ª edição da Conferência de Usuários, em Lisboa, Portugal, a empresa hoje mantém escritórios no Brasil e em mais 11 países, reunindo 190 clientes e mais de 540 funcionários nos cinco continentes.

“Nossa meta para 2020 é que 40% da receita sejam provenientes de outras áreas que não telecom. Por esse motivo, a partir de setembro iremos fazer um investimento maciço para conquistar novos clientes e parceiros de negócios, como as grandes consultorias, pois esse é um modelo de vendas indiretas”, explicou o CEO, acrescentado que a “América Latina será um mercado importante, pois contribui com 25% das receitas do grupo”.

A WeDo Technologies foi fundada em 2005, resultante de um spinoff da operadora de telefonia móvel Optimus Telecom, pelo braço de investimentos do grupo Sonae, o maior conglomerado não financeiro de Portugal. Naquele ano, a empresa obteve receita de 24,6 milhões de euros, com  atuação em seis países. Ao todo, ela possuía com 230 funcionários dedicados exclusivamente ao desenvolvimento do software RAID, voltado a melhorar o “churn” (fuga de clientes) das operadoras, evitar fraudes e gerenciar riscos.

A WeDo entrou no mercado brasileiro para atender a Telemar, hoje Oi. Em 2007, percebendo o potencial do mercado adquiriu a Tecnológica, que atuava no setor de telecomunicações e tinha escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis. Esta última cidade abriga hoje o Centro de Suporte a Clientes, como cerca de 100 funcionários, que atende a toda América Latina.

Para Alexandre Marques, presidente da WeDo, os países do Sul da América Latina têm um grande potencial de mercado para aplicações de business assurance, principalmente em empresas que trabalham com grandes volumes de dados.  “Além do Brasil, mercados como do Peru e Argentina, mesmo este último com problemas econômicos, prometem trazer bons resultados no segundo semestre”.

Novos segmentos

Os novos segmentos de mercado que a WeDo elegeu desde meados do ano passado são serviços financeiros e seguros, varejo, energia e saúde. No Brasil,  a carteira de clientes é formada por empresas como a CPFL, Brazil Dufry, EDP Brasil, Cemig, MRV Engenharia e Líder Seguros (Dpvat).

Enterprise Business Assurance (EBA) é uma metodologia que ajuda as organizações a auditar seus sistemas e gerir riscos para melhorar e proteger o desempenho econômico, atual e futuro, com mecanismos contínuos e automáticos dos procedimentos, com objetivo de garantir a entrega dos resultados previstos em relação à estratégia e compromissos assumidos pelas as áreas da empresa.

Segundo Luiz Ponzoni, da consultoria PwC no Brasil, que assinou acordo de parceria com a WeDo há cerca de seis meses, o potencial de mercado do chamado GRC (governance, risk and compliance) é enorme e envolve vários segmentos dentro de uma organização, seja pública ou privada.

A PwC fez uma pesquisa sobre riscos e crimes econômicos na qual 37% dos consultados afirmaram que já tiveram uma fraude relevante nos últimos 12 meses. Outra revelação é que 70% disseram que o motivo para a fraude era a oportunidade. “Isso mostra que as empresas têm controles deficientes. As chamadas linhas de defesa estão sendo transpassadas com frequência”, explicou Ponzoni.

A consultoria tem a cerca de 450 pessoas trabalhando na área de risk assurance, que oferece projetos de business surveillance para clientes de suas verticais de negócios, como varejo, serviços financeiros, infraestrutura e concessões de grandes obras, além de energia e entretenimento.  A PwC prestará serviços que envolvem estratégia e desenho dos processos e a WeDo responderá pela implementação, fábrica de software e suporte técnico.

Recentemente a WeDo também fechou um acordo de parceria global com a Microsoft para oferecer o software RAID na plataforma de nuvem Azure. Além do mercado de grandes organizações, o software também poderá se usado pelo setor público para monitorar desempenho, automatizar auditorias, controlar processos de negócios e combater a fraude social.

Foco na saúde

Na área de saúde, como exemplo dessa diversificação, duas soluções foram apresentadas na conferência, uma voltada a hospital público e outra a hospital de privado, projetos conduzidos pela consultoria Ernest & Young portuguesa.

A ILSM – Unidade Local de Saúde de Matozinhos é uma parceria público-privada, que engloba quatro centros de saúde e um Hospital, cujo subsídio recebido do governo está atrelado a índices de desempenho.  Segundo Beatriz Duarte, da direção da organização, em 2009 a ILSM passou a utilizar uma ferramenta de business intelligence para avaliar os índices de desempenho, mas “não havia possibilidade de correção em tempo útil”.

A partir de julho no ano passado, começou e desenvolver um projeto com uso do software RAID Healthcare nos departamentos ambulatorial médico e cirúrgico, que se mostrou ser eficaz, controlando tanto os dados de faturamento que a entidade tem a receber das operadoras como de gestão de cada área, em tempo real.

Outro cliente nesse segmento é a José de Mello Saúde, que faz parte de um grupo empresarial português, que gerencia atualmente 7 hospitais (2 deles em parceria público-privada) e 6 clínicas, somando 500 leitos, 7 mil funcionários, com faturamento anual de 530 milhões de euros.

Francisco Miranda Duarte, board advisor do hospital, disse que em outubro passado a entidade começou a utilizar a solução de business assurance em duas unidades do grupo, controlando receitas de medicamentos, honorários médicos, consumo, etc. “Constatamos, por exemplo, que uma unidade de ortopedia tinha um índice de 2,8% de perdas, enquanto em outra esse valor era o quase o dobro. Esse resultado mostrou que o investimento na solução se paga em pouco tempo, e traz um modelo transformacional para a gestão da saúde.”

Nova versão

A WeDo também anunciou a nova versão do software de EBA, o release 8, agora batizada de EBA Telecom, que já está disponível para esse segmento de mercado. Os novos recursos prometem trazer mais produtividade, como de aumentar em cinco vezes a rapidez para se conseguir a informação correta; ferramenta de data discovery para pesquisa mais fácil de dados corporativos; smart data blue print, que cria uma liogação entre a área de negócios e os cientistas de dados; coletar informações de novos gadgets, como wearables devices e sensores de “Internet das Coisas” (IoT) e novos algoritmos de detecção, exportação e exposição de dados.

*O jornalista viajou a Portugal a convite da empresa.

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