Centros de dados unificados e à prova de futuro

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Conforme o tráfego na Internet cresce e as empresas avançam em seus processos de digitalização, a infraestrutura necessária para suportar essa transição – do offline para online, do local para nuvem – também deve avançar. A energia necessária para alimentar os data centers do futuro provavelmente se igualará à de uma cidade de tamanho médio, mas existem outros desafios iminentes que vêm tirando o sono das equipes de tecnologia.

Um data center moderno consiste em muitos subsistemas, e o uso simultâneo de distribuição de energia, sistemas de água, backup de emergência, comunicações, segurança e vigilância, além de sistemas de suporte, criam uma complexidade adicional. Além disso, para um desempenho eficaz e o gerenciamento de custos, tais subsistemas devem se comunicar e trabalhar em conjunto.

A pandemia trouxe uma percepção global de que o mundo online é real, viável e o caminho a ser percorrido para o amanhã. Com a ênfase mudando para o mundo virtual – da colaboração e do comércio online para cadeias de suprimentos e roteamento online –, os clientes de data centers estão se tornando mais exigentes em suas expectativas.

Além de 100% de disponibilidade e nenhum tempo de inatividade, os clientes esperam ser atendidos sob demanda e pagar à medida que avançam. Aumentar o desempenho e a eficiência, com redução de custos, são as principais expectativas dos data centers avançados. Teoricamente, os data centers modernos são construídos com tecnologias digitais, o que não deixaria as expectativas de evolução desprovidas de suporte. Mas, embora as infraestruturas de computação e os aplicativos em camadas, como plataformas em nuvem, tenham inovado para tornarem-se flexíveis, os data centers ainda não chegaram lá.

Existem ao menos três desafios principais que os data centers enfrentam e que podem ser vencidos por meio de um sistema de gerenciamento integrado e centralizado, ao combinar o lado industrial e o digital das operações de forma eficaz.

Tempo de inatividade e interrupção

O tempo de inatividade de um data center ou de partes dele pode ser muito prejudicial para os clientes. Uma recente pesquisa global, com mais de 1.500 clientes de data centers, descobriu que 34% sofreram inatividade, a um custo médio de US$ 1 milhão. Uma das principais razões para isso é que a falta de ferramentas de gerenciamento desses ativos não permite a construção de modelos de manutenção preditiva.

Os administradores de data center não conseguem alocar recursos ou executar manutenção preventiva porque não têm visibilidade, em tempo real, dos ativos industriais. A pesquisa revelou ainda que 60% dos entrevistados reconheceram que as interrupções mais recentes poderiam ter sido evitadas com melhores práticas de gerenciamento de ativos.

Custos de energia em espiral

Mais de 50% do custo operacional de um data center moderno é gerado pelo consumo de energia. Controlar o consumo energético por meio do monitoramento de ativos pode contribuir para a redução dos custos operacionais gerais. Geralmente, as concessionárias de energia cobram tarifas baseadas em faixas de consumo, sendo que cada faixa subsequente tem uma tarifa mais alta. Controlar e manter o consumo nos patamares mais baixos pode ajudar a reduzir as contas de energia. Para isso, os  responsáveis pelos data centers precisam contar com análises e modelos operacionais em tempo real para todos os subsistemas e ativos.

Complexidade dos subsistemas

As infraestruturas de computação, de virtualização e de rede têm sua própria complexidade e exigem sistemas de gerenciamento próprios. Mas os demais sistemas de suporte dentro de um data center também têm seu conjunto único de desafios.

Muitos sistemas internos especializados ainda coexistem e estão em silos, incluindo Soluções de Gerenciamento de Infraestrutura de Data Center, Sistemas de Gerenciamento Predial, Sistemas de Automação Predial, Sistemas de Gerenciamento Energético Predial, entre outros. Uma integração melhor desses sistemas é o desejo de 77% dos entrevistados na pesquisa.

Como cada sistema é compartimentado, é muito difícil gerar uma janela única de visualização das operações de ponta a ponta que promova a tomada de decisões holísticas para melhorar o desempenho. A inexistência desse painel unificado faz com que os administradores de data centers precisem lidar com um volume enorme de dados que provêm de cada subsistema.

A eficiência crescente dos sensores da Internet Industrial das Coisas (IIoT) e a montanha de dados não estruturados que eles geram também aumentam a urgência de se integrar, construir dashboards, criar insights significativos e construir operações proativas.

A criação de um centro de operações é uma forma de convergir equipamentos e aplicativos de cada subsistema em um ambiente de gerenciamento único e coeso. Uma operação unificada também facilita o gerenciamento de vários data centers dispersos e a capacidade de fazer isso remotamente.

A abordagem de um centro de operações unificado proporciona ainda alguns outros benefícios adicionais:

Integração, em uma única interface, da Tecnologia da Informação (TI), da Tecnologia Operacional (OT) e da Internet Industrial das Coisas (IIoT)

Visibilidade do desempenho para múltiplos sites

Detecção de ineficiências e de falhas no desenvolvimento

Disparo de ações corretivas para otimizar o desempenho

Integração dos acordos de níveis de serviço (SLAs) de negócios e clientes

Visão consistente de todas as operações

Gerenciamento de vários data centers a partir de um local

Como a demanda por data centers globais e regionais não mostra qualquer sinal de desaceleração, seus administradores devem priorizar a unificação dos data centers para continuar a atender às expectativas dos clientes, mas também para se manterem cada vez mais eficientes e lucrativos.

Sayaji Shinde, diretor Global de Negócios para Cidades Inteligentes e Infraestrutura da AVEVA.

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