Biometria: Integração entre bases de impressões digitais do Brasil aumentaria a segurança

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A Polícia Federal, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os grandes bancos e algumas empresas de tecnologia, como Apple e Samsung, possuem banco de dados próprios, com milhões de impressões digitais de pessoas para fins de autenticação biométrica. Hoje esses bancos de dados não se comunicam. Se fosse possível integrar essas bases, a segurança das transações com biometria aumentaria bastante.

Uma pesquisa do Itaú revela que 75% dos jovens entre 16 e 24 anos se sentem confortáveis com o uso de biometria e 69% acham mais fácil do que senhas ou pins, possuem bancos de dados próprios com as impressões digitais de milhões de pessoas, para fins de autenticação biométrica. Hoje esses bancos de dados não dialogam. Se fosse possível integrar essas bases, a segurança das transações com biometria aumentaria bastante.

"Haveria um ganho de segurança enorme se juntássemos bases com o mesmo padrão de captura", comentou Lineu Andrade, diretor do Itaú Unibanco, durante painel sobre biometria na CIAB, nesta terça-feira, 21, em São Paulo. Ele sugeriu também a abertura de APIs para a validação de novos cadastros junto a base de terceiros.

Atualmente, 100% dos caixas eletrônicos do Itaú possuem leitor de digital. E 72% da sua base de 29 milhões de correntistas já cadastraram sua impressão digital. Segundo Andrade, a adoção de biometria reduziu em 70% o índice de fraudes no banco. "Alguns tipos de fraude chegaram a zerar", afirmou.

Ao contrário do que ocorre em outros países, os brasileiros não têm receio desse tipo de cadastramento. Uma pesquisa do Itaú revela que 75% dos jovens entre 16 e 24 anos se sentem confortáveis com o uso de biometria e 69% acham mais fácil do que senhas ou pins.

Até programas governamentais, como o Bolsa Família, já utilizam autenticação biométrica. Entre maio de 2015 e maio de 2016, aumentou 265% a quantidade de transações do programa de complemento de renda realizadas com biometria, passando de 44 mil para 116 mil ao mês, informa a Caixa Econômica Federal.

Vale lembrar que o leitor de biometria dos ATMs bancários é mais preciso que aquele dos smartphones. Os primeiros conseguem detectar a presença de corrente sanguínea, enquanto os segundos podem ser enganados por dedos de silicone, por exemplo.

Desafios

O superintendente de riscos operacionais e segurança de canais do Santander, Marcio Reis, destacou alguns pontos que merecem atenção quanto ao uso de biometria para autenticação bancária. Um deles é o processo de cadastramento, onde podem ocorrer fraudes.

"A biometria é segura desde que você cadastre a pessoa certa", disse. Outra questão é decidir entre o cadastramento assistido ou desassistido, ou seja, com a presença ou não de um representante da instituição financeira. O primeiro garante mais segurança, porém, é menos prático.

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