O abrandamento da crise financeira mundial fez com que as empresas passassem a enxergar com mais otimismo as perspectivas de negócios para os próximos meses, de acordo com pesquisa encomendada à Economist Intelligence Unit, unidade de consultoria da revista inglesa The Economist, pela SAP.
O levantamento verificou que, numa escala de 0 a 10, a nota média das empresas, relativa à expectativa de melhoria dos negócios nos próximos 12 meses, foi de 6,3.
Quando questionadas sobre a projeção para seus negócios especificamente, a nota média foi de 7,1, e quando abordadas sobre a previsão de vendas para o setor, a média foi de 6,3. Já em relação às perspectivas de negócios globais ao longo dos próximos 12 meses, a nota média dada pelas empresas foi de 5,9.
O estudo constatou ainda que os executivos dos setores de energia e tecnologia são os mais otimistas com as perspectivas de melhoria dos negócios – os que esperam que as condições melhorem superam o número daqueles que prevêem deterioração, por uma margem de quatro para um. Os entrevistados dos setores de atendimento médico e público são os menos otimistas.
Em termos de região geográfica, os executivos da Ásia-Pacífico que acreditam na melhoria dos negócios superam aqueles que esperam um agravamento da situação, à base de quatro para um. Na Europa Oriental e na América Latina, um número maior de executivos se mostrou pessimista.
A pesquisa, denominada Relatório Básico de Expectativas, foi realizada em maio passado e entrevistou 1.032 executivos de 88 países. Entre os entrevistados, 42% identificaram-se como vice-presidentes ou executivos-sêniores, 28% como diretores e 30% como gerentes ou de outros cargos.
A maioria dos participantes eram dos setores de serviços financeiros (25%), serviços profissionais (18%), industrial e automotivo (17%). As companhias eram de todos os portes, porém, 57% delas têm mais de US$ 300 milhões em receitas anuais, e 54% realiza negócios internacionalmente.
- Expectativa otimista