A comissão organizada no mês passado nos Estados Unidos pelo promotor-geral de Justiça Richard Blumenthal, para investigar o armazenamento ilegal de dados de acesso à internet de redes sem fio desprotegidas pelo projeto de mapeamento de ruas do Google, o Street View, já conta com 38 estados. O site de buscas admitiu a falha e a atribuiu os erros de programação do software de acesso à web dos carros envolvidos no projeto.
Blumenthal iniciou uma investigação formal sobre o problema em junho, para colher mais informações sobre o Street View e o suposto software que armazenou "sem querer" as informações particulares de acesso à web dos usuários. Em carta enviada ao site de buscas nesta quarta-feira, 21, o promotor declarou que as respostas do Google "mais escondem do que respondem" e agora sua comissão multiestadual quer detalhes técnicos do software, nomes dos responsáveis por sua programação e dos responsáveis pelo Street View.
O promotor ainda questiona se a gigante das buscas testou os carros do projeto de mapeamento antes de colocá-los para fotografar as ruas. Além disso, alertou que as autoridades norte-americanas de privacidade deveriam ter sido avisadas sobre o Street View antes do início das operações. Esses deslizes, segundo Blumenthal, serão grandes problemas para o Google num possível, e provável, embate judicial.
Em tom de ameaça, o promotor concluiu o documento com um aviso. "O Google será vigorosamente investigado, e é bom que jogue limpo e forneça informações claras sobre como e porque essa invasão de privacidade aconteceu. Tomaremos todas as medidas necessárias, inclusive as legais, para obter respostas completas e compreensivas."
Mais informações sobre as investigações do Google Street View em "links relacionados" abaixo.
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