Nokia tem prejuízo de 368 milhões de euros e queda de receita

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A Nokia registrou um prejuízo líquido de 368 milhões de euros no segundo trimestre deste ano, após reportar lucro de 227 milhões de euros no mesmo período de 2010. A margem operacional da fabricante finlandesa de celulares recuou para -4,5% no trimestre, contra 9,5% no mesmo período do ano anterior e 9,7% no primeiro trimestre. A empresa também reportou um prejuízo operacional de 487 milhões de euros, em decorrência principalmente da queda de 7,3% na receita, para 9,28 bilhões de euros.
A perda só não foi maior porque a Nokia teve uma entrada de receita de 430 milhões de euros referentes ao pagamento de royalties de propriedade intelectual, incluindo uma ação na Justiça vencida contra a Apple, o que ajudou a aliviar o caixa da empresa.
Durante conferência com analistas, o executivo-chefe (CEO) da Nokia, Stephen Elop, atribuiu a perda a uma conjunção de fatores, como a substituição de executivos de vendas, a redução de ativos na China, a remodelação de estratégias em áreas críticas de negócios e, principalmente, à crescente pressão competitiva, o que colocou a empresa atrás da Apple, em volume de vendas de smartphones, pela primeira vez. Mas o executivo ressaltou que a unidade de negócios de dispositivos móveis está avançando e se reestruturando para enfrentar a pressão dos concorrentes.
A Nokia vem perdendo espaço rapidamente no mercado de celulares para rivais que utilizam o Android, do Google, e pra o iPhone, da Apple. Mesmo depois de ter desistido do desenvolvimento do Symbian, seu sistema operacional para smartphones, e em fevereiro ter fechado acordo com a Microsoft para usar o Windows Phone em seus smartphones, ela não ter conseguido um grande avanço no mercado.
O CEO da Nokia, no entanto, disse estar otimista quanto as novas oportunidades no mercado com o Windows Phone no longo prazo. "Começando este ano, planejamos ter uma sequência de lançamentos de produtos, concentrados em países específicos, por meio do aumento do número de parceiros de negócios e países", afirmou Elop. Em relação aos novos aparelhos dual SIM, que suportam dois chips com números distintos, ele afirmou que os primeiros resultados são "bastante encorajadores" e que mais produtos serão lançados ainda neste ano.

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