Empresas que buscam a excelência não se contentam apenas com o aprimoramento de seus produtos e serviços. Elas também cultivam uma cultura inclusiva, reconhecendo que equipes diversas representam uma riqueza de perspectivas, experiências e pontos de vista. Uma pesquisa da Accenture, intitulada "Getting to Equal 2019: Creating a Culture That Drives Innovation," demonstra que organizações que promovem a diversidade e a inclusão são notadamente mais inovadoras. Isso porque os colaboradores se sentem mais encorajados e à vontade para pensar fora da caixa, o que gera avanços significativos para a operação do negócio, superando em 600% aquelas empresas com baixa diversidade.
E é importante destacar que a diversidade não é apenas uma vantagem competitiva, mas também uma alavanca para melhores resultados financeiros. Estudo da McKinsey & Company revela, por exemplo, que a presença de times diversos aumenta os lucros de uma empresa em até 15%. E que companhias que apresentam multiplicidade étnica e racial em seu quadro têm 35% mais chances de superar a média do seu setor de atuação, enquanto que aquelas com diversidade de gênero aumentam em 15% a probabilidade de alcançarem rendimentos acima da média.
Ou seja, quando pessoas de diversas origens, gêneros e culturas se misturam no ambiente de trabalho, isso cria um clima organizacional positivo, motivando equipes e estimulando a busca por metas mais ambiciosas e inovadoras.
Além disso, é fato que a diversidade gera um ambiente de aprendizado contínuo. A troca de diferentes experiências e conhecimentos enriquece a cultura do time, resultando em uma equipe corajosa, que se sente confortável para expor suas opiniões e busca soluções mais criativas para os desafios que se apresentam.
Nesse contexto, a liderança desempenha papel decisivo. Os líderes que perseguem as boas práticas e compreendem a importância de uma equipe diversa capacitam cada indivíduo a atingir o seu potencial máximo, oferecendo ao colaborador um ambiente seguro, acolhedor e propício ao desenvolvimento. Quem está no comando estabelece, assim, conexões sólidas com os membros do time, fomentando um espaço positivo, fundamentado em respeito e colaboração.
Portanto, as lideranças devem atuar como catalisadoras de uma cultura de diversidade, valorizando a singularidade de cada membro.
Ou seja, em um ambiente diverso, os líderes devem ser sensíveis quanto às relações humanas, facilitando o acesso e as oportunidades a todas as pessoas e trabalhando no sentido de promover a equidade, a justiça e a inclusão.
Desenvolvendo a escuta ativa, conquistam uma comunicação mais eficiente, compreendendo também a dimensão de se dialogar com pessoas de diferentes culturas e apreciando as características individuais de cada um. Isso é que chamamos de inteligência interpessoal.
Ao promover uma cultura inclusiva, as empresas não apenas declaram seus valores, mas também fortalecem sua reputação, precisamente por, diretamente ou indiretamente, posicionarem-se contra preconceitos e discriminação. Essa postura, por si só, é uma afirmação de compromisso com um mundo mais justo e igualitário. E essa é a beleza e grandiosidade de apostar na diversidade dentro das organizações.
Deise Carvalho, gerente de marketing da GA.MA Italy.
Ao contrário. O retrospecto recente mostra que a cultura dita "woke" praticada por certas empresas as levou para uma onda de fracassos empresariais e problemas de relacionamento com seus próprios clientes.