O Nubank anuncia a contratação da empreendedora social Monique Evelle para coordenar a criação do centro de tecnologia e experiência do cliente da empresa em Salvador (BA), o NuLab, e atuar como consultora para as ações internas e externas de Diversidade e Inclusão do Nubank.
Evelle também será mentora das startups selecionadas pelo fundo semente a ser criado pelo banco digital para apoiar negócios fundados ou liderados por pessoas negras. A consultora, eleita em 2017 uma das jovens mais promissoras com menos de 30 anos de idade pela Forbes Brasil e uma das 50 profissionais mais criativas do país pela Revista Wired, é criadora do Desabafo Social, um laboratório de tecnologias sociais. Também é sócia da SHARP, um hub de inteligência cultural que utiliza métricas para soluções de marcas; e fundadora do Inventivos, um ecossistema de aprendizagem.
"Três fatores me levaram a fazer parte dessa jornada com o Nubank. O primeiro foi o desafio de construir iniciativas de inovação do zero e da grandiosidade que Salvador merece. Segundo, por trabalhar com profissionais de dentro e fora do Nubank. É uma troca potente, que nós precisamos vivenciar para que sejamos cada vez melhores no que fazemos. E, por fim, ter autonomia para criar e saber onde alocar o dinheiro. Dinheiro que iremos utilizar para acelerar o desenvolvimento de novas lideranças negras e apoiar financeiramente negócios liderados por empreendedores negros. Aceitar esse desafio me trouxe de volta para casa, me trouxe para recomeçar em Salvador", afirma.
Tanto a chegada da consultora como a implantação do polo de inovação em Salvador, que pode contribuir para o desenvolvimento social e econômico da região, fazem parte do plano do Nubank para tornar o setor de tecnologia mais inclusivo e combater o racismo estrutural no Brasil.
"Desde que assumimos o compromisso de contribuir ativamente para construir um ambiente interno e externo mais inclusivo, estamos aprendendo muito. O Nubank é melhor hoje do que há três meses. E isso é fruto do empenho de todos os times para acelerar a nossa diversidade interna. Mas é apenas o começo, continuaremos trabalhando. E ter a Monique Evelle ao nosso lado é muito valioso para avançarmos nessa jornada", afirma Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank.
O compromisso, firmado em novembro do ano passado, propõe também estratégias para a inclusão e desenvolvimento de talentos negros no banco digital, que já estão sendo colocadas em prática. Nos dias 5 e 6 de março, será realizado o "Nós Codamos", um programa de recrutamento de pessoas que se identificam como pretos e pardos, focado em interessados em fazer parte da equipe de engenharia de software da companhia, que teve cerca de dois mil inscritos.
Além disso, a plataforma que o Nubank abriu, há três meses, exclusivamente para candidatura de pessoas autodeclaradas pretas e pardas, recebeu mais de 17 mil currículos. Os processos seletivos estão em andamento e até o momento mais de 950 pessoas já foram chamadas para a fase de entrevistas.
Desde novembro, a equipe de diversidade e inclusão dobrou de tamanho e deve continuar crescendo — há nove vagas abertas. O time era composto por quatro pessoas, hoje são nove e o objetivo é chegar a dezoito em breve.
A meta do Nubank é contratar duas mil pessoas negras até 2025 para em garantir um ambiente de trabalho com ao menos 30% de funcionários negros e ao menos 22% em cargos de gerência. Dentre as duas mil contratações, mais de 500 serão destinadas ao time de engenheira, pelo menos 150 para vagas de analistas de negócios e mais de 250 para posições de gerentes de produto, designers e cientistas de dados.