Em comunicado a acionistas, Netflix diz ser contra fusão entre Comcast e Time Warner

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A polêmica fusão entre a Comcast e a Time Warner Cable, as duas maiores operadoras de TV a cabo dos EUA, avaliada em US$ 45 bilhões, ganhou mais um opositor nesta semana. Em comunicado enviado a acionistas, o presidente-executivo da Netflix, Reed Hastings, afirmou ser contra a operação. O negócio já havia sido criticado por grupos de defesa do consumidor, como o Public Knoeledge, que temem uma concentração ainda maior no setor.

A empresa de vídeo pela internet observa que a companhia resultante da fusão dominaria cerca de 60% do mercado de banda larga americano, "com boa parte dessas residências tendo a Comcast como única opção para banda larga realmente rápida", destaca o comunicado, que também é assinado pelo diretor financeiro da empresa, David Wells.

"A empresa combinada possuiria uma vantagem anticoncorrencial ainda maior para cobrar tarifas de interconexão arbitrárias para acesso de seus clientes. Por essa razão, a Netflix se opõe a fusão", diz a carta aos acionistas.

O comunicado é divulgado menos de dois meses após a Netflix anunciar que vai pagar a Comcast para aumentar a velocidade de seu serviço de streaming, cuja qualidade vinha sendo alvo de reclamações nos EUA. O valor do acordo não foi revelado.

A Netflix comunicou ainda que aumentará os preços do serviço em US$ 1 ou US$ 2, dependendo do território. Os preços devem ser mantidos aos atuais assinantes. A empresa também divulgou o balanço do primeiro trimestre deste ano.

De acordo com o informe de resultados, o serviço ultrapassou US$ 1 bilhão de receita no trimestre, fechando o período com US$ 1,066 bilhão, e lucro líquido de US$ 53 milhões, obtidos de uma base total de 48,35 milhões de assinantes, sendo 46,14 milhões pagos.

A base do serviço nos Estados Unidos continua sendo significativamente maior e "bancando" o custo da expansão internacional do Netflix. Nos EUA, apenas com o serviço de streaming, a empresa conta com 35,7 milhões de assinantes e um faturamento de US$ 799 milhões no trimestre. Já no mercado internacional, o serviço conta com 12,68 milhões de assinantes — contra 7,14 milhões no primeiro trimestre de 2013 — e faturamento de US$ 267 milhões.

No comunicado aos acionistas, Hastings afirma que a operação internacional está a caminho de se tornar lucrativa ainda em 2014. Há um ano, o prejuízo no trimestre foi de US$ 77 milhões. Com informações de agências internacionais.

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