Facebook vai oferecer check-up de privacidade para todos os seus usuários

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Respondendo a pressões comerciais e às queixas dos usuários de longa data de que suas configurações de privacidade são muito complicadas, o Facebook anunciou nesta quinta-feira, 22, que oferecerá um check-up de privacidade para cada um de seus 1,28 bilhão de usuários. A empresa também disse que vai mudar a forma como trata os novos usuários da rede social, definindo inicialmente os seus posts para serem vistos apenas por amigos. Depois, se desejar, ele poderá fazer o ajuste na configuração para "público", o que significa que qualquer pessoa na internet pode ver suas fotos e mensagens.

A possibilidade de alteração da configuração padrão e a revisão pessoa a pessoa são medidas que visam minimizar as reclamações dos usuários, que estão percebendo o quão amplamente suas informações pessoais têm sido compartilhadas. Elas também significam uma mudança radical para o Facebook.

Durante a maior parte de seus dez anos de existência, o Facebook tem induzido — e, às vezes, forçado — seus usuários a compartilhar informações com o público, o que tem gerado protestos de usuários e defensores da privacidade e sanções de órgãos reguladores em todo o mundo.

Na verdade, segundo analistas, a rede social percebeu ao comprar o WhatsApp, bem como seus concorrentes Snapchat, Secret e Whisper, que esses aplicativos de mensagens respeitam a privacidade e podem ser uma ameaça competitiva, especialmente entre os usuários mais jovens. Não é por outro motivo, aliás, que o Facebook se dispôs a pagaré US$ 19 bilhões pelo WhtasApp.

"O que realmente queremos é permitir que as pessoas compartilhem o que elas quiserem", disse Mark Zuckerberg, em uma entrevista no mês passado à imprensa internacional. "As pessoas lêem um monte de coisas como se nós estivéssemos tentando, de alguma forma, fazer com que compartilhem mais coisas, mas todas as principais inovações que estamos fazendo visam dar às pessoas as ferramentas que precisam para se sentirem confortáveis e seguras."

Para analistas, no entanto, o Facebook pode estar agindo na verdade para evitar ações de órgãos reguladores, que constantemente estão examinando as políticas de privacidade da rede social. Agora mesmo, autoridades europeias de privacidade estão revendo as práticas de privacidade da empresa devido à aquisição do WhatsApp, que segue procedimentos mais rígidos do que o Facebook. Nos Estados Unidos, a rede social está recorrendo em um tribunal federal de apelações contra a proibição do uso de dados pessoais de adolescentes em publicidade.

Apesar das medidas para permitir que seus usuários definam o grau de privacidade, o Facebook continua a apresentar características que dão margem ao surgimento de novas questões. Na quarta-feira, 21, a empresa anunciou um serviço opcional para telefones celulares que permite a empresa ouvir os sons em uma sala para tentar identificar a música ou o programa de TV que o usuário estar ouvindo ou assistindo. Facebook diz que não armazena as informações por muito tempo, mas essa é a primeira vez que a empresa tenta ouvir as preferências de seus usuários.

Mas o Facebook também fez vários outros movimentos recentemente, que indicam que ele está levando mais a sério a privacidade. No mês passado, liberou um recurso de compartilhamento de localização chamado Nearby Firends, que é totalmente opcional e fornece apenas a localização geral de um usuário. E também fez alterações no login do Facebook, de modo a permitir que as pessoas usem suas identidades para se "logar" em outros sites e aplicativos, reduzindo a quantidade de informações compartilhadas fora do Facebook. Em alguns casos, ele permite que as pessoas não compartilhem nada.

A empresa também está considerando a possibilidade de criar um novo painel de privacidade que tornaria mais fácil para os usuários a localizar e atualizar uma ampla gama de configurações de privacidade. Mas alguns especialistas dizem que gostariam de ver algum tipo de ferramenta permanente, que deixaria as pessoas determinarem o grau de check-up de privacidade que desejam. Com informações da imprensa internacional.

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