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Planejando ganhos para o Novo Normal

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Várias capitais no Brasil já estão em algum estágio de reabertura da economia, as empresas estão avaliando como as novas normas sociais e tendências econômicas estabelecidas pelo COVID-19 moldarão o comportamento e as ações dos clientes nos próximos meses. Com um aumento da demanda, no início da pandemia, impulsionado pelo receio de desabastecimento, as empresas estão agora se perguntando como devem se preparar, conduzir e sustentar as futuras operações comerciais.

As empresas devem considerar fortemente os seguintes atributos como parte do plano para atravessar as fases de “recuperação e renovação” da reabertura econômica.

O novo supply chain

A pandemia, sem precedência histórica, tornou ineficaz os modelos de planejamento e execução da cadeia de suprimentos existente, não baseadas em Machine Learning e Inteligência Artificial. As propostas de valor para clientes emergentes exigem a construção de ecossistemas de resiliência e os novos princípios de sustentação da arquitetura da cadeia de suprimentos que devem alavancar agressivamente à digitalização.

Aconselho contra o adiamento de ações que esperavam baixar a poeira ou reverter o isolamento das planilhas que mais pareciam um castigo. Em vez disso, é necessário adotar uma reinicialização que calibre o mix de produtos, um planejamento cognitivo, cenários trade-offs e criar ofertas de mercado relevantes com entregas sempre ativas (Always-on), além dos caminhos de fluxo de atendimentos flexíveis. Negócios 4.0 alimentados pela Indústria 4.0.

Racionalizar produtos

A volatilidade imprevisível, a variabilidade e as mudanças de canal assistiram as demandas crescerem em várias indústrias, enquanto outras viram declínios precipitados devido a um abrupto shutdown, distanciamento social, restrições logísticas ou consumidores tomando decisões de retornar ao básico.  Determinar se é um efeito chicote de curta duração ou se é o início do novo normal, exige uma revisão completa do portfólio de produtos – com o devido cuidado, é claro.

Além da análise da demanda, considerar os impactos de segurança da força de trabalho e as configurações operacionais mandatórias que irão afetar a capacidade e os rendimento das fábricas. A ênfase em horas mais longas e ininterruptas e a minimização de alterações exigirão a otimização do portfólio para proporcionar retorno sobre os ativos. Do mesmo modo, projeções de disponibilidade dos materiais e peças; de prazos de entrega dos fornecedores até o sortimento do varejista e a simplificação do merchandising precisarão ser consideradas. Outra estratégia são planos de negócios conjuntos com os principais clientes, críticos em meio aos imperativos de continuidade de negócios que conduzirão a linha de visão pelos próximos 6 a 18 meses.

Pre-COVID-19, as empresas simplificaram as cadeias de suprimentos, optimizaram e calibraram redes just-in-time para reduzir os custos de bens vendido (COGS -Cost Of Goods Sold), aliviaram os balanços e aumentaram a lucratividade. A rolagem dos hotspots globais do COVID-19 expôs completamente a opacidade em todas as cadeias de suprimentos mundiais. A inabilidade para rastrear e traçar redes logísticas e inventário distorceu os prazos previstos, afetou a capacidade de atender a demanda com a oferta e potencialmente introduziu ainda mais riscos. Esses choques de oferta compunham cadeias de valor esticadas e exacerbaram o medo do cliente. Alimentos no valor de bilhões de dólares estagnaram, estragaram ou foram descartados, enquanto algumas comunidades não tiveram acesso ao essencial e sofreram imensas dificuldades. Os EPIs, suprimentos médicos e equipamentos, críticos para cuidar dos pacientes, não chegaram a tempo, colocando em risco vidas.

O gerenciamento de riscos requer confiabilidade, o que garante transparência.

Tomar medidas decisivas para representar digitalmente as redes end-to-end, infundir visibilidade e permitir detecção proativa, previsão e pivô contínuo para fornecer uma resposta oportuna e rentável.

Ampliar os programas de desenvolvimento de fornecedores, superando os relacionamentos tradicionais focados em custos.

Instalar um plano – executar – dinamizar – aprimorar a estrutura, ao lado de práticas comerciais infundidas na confiança para impulsionar os fornecedores a parceiros de estratégia e stakeholders interessados que emprestarão agilidade, flexibilidade e capacidade de resposta.

Construa cartilhas

Para ter sucesso no mundo VUCA (Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade), as suposições herdadas e os parâmetros operacionais devem dar lugar ao planejamento proativo, permitindo sistemas flexíveis de execução ágil. As previsões contínuas, os pedidos em tempo real, inventário e rastreamento logístico apoiarão o planejamento de cenários para mercados dinâmicos, suprimento e interrupção operacional. Os parâmetros das avaliações de trade-off devem ser capturados em cartilhas que podem ser confirmados e dentro dos sistemas de planejamento ágil a um clique quando as situações se desenvolvem.

A próxima interrupção é conhecida e desconhecida. Os profissionais da cadeia de suprimentos sabem muito bem disto, é uma questão de tempo até que a próxima interrupção aconteça. Não se sabe quando e como ela se manifestará, mas essa pandemia nos ensinou lições para criar o DNA para antecipar, sentir e executar de maneira decisiva. À medida que há reabertura, nossa aposta é na nova era da resiliência da cadeia de suprimentos. Vamos cumprir nosso potencial.

Samuel Baccin, partner success director Brazil da BlueYonder Inc.

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