Com os efeitos da desaceleração econômica nos Estados Unidos sobre o negócio de publicidade on-line, o Yahoo divulgou nesta terça-feira, 22, uma queda no seu lucro líquido no segundo trimestre de quase 19%, para US$ 131 milhões, na comparação com os US$ 161 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Excluindo itens especiais, o lucro foi de US$ 139 milhões, ou um ganho por ação de US$ 0,10, abaixo dos US$ 163 milhões, ou US$ 0,12 por ação, obtidos no ano passado.
A receita bruta da empresa cresceu 6% no período, para cerca de US$ 1,8 bilhão, contra US$ 1,7 bilhão apurado no segundo trimestre do ano passado. Já a receita líquida, excluindo os pagamentos realizados às afiliadas que usam o serviço de anúncio do Yahoo, cresceu 8%, para US$ 1,35 bilhão, ante US$ 1,24 bilhão registrado em igual trimestre do ano passado.
Os analistas estimavam uma receita líquida média de US$ 1,37 bilhão.
Durante conferência de imprensa, a presidente do Yahoo, Susan Decker, destacou a importância de manter o negócio de busca e exibir publicidade on-line em conjunto com suas afiliadas, numa alusão direta à tentativa da Microsoft de comprar a totalidade ou o negócio de busca da empresa. Ela observou que a participação de mercado do Yahoo no segmento de buscas nos Estados Unidos tinha aumentado nos últimos dois meses – depois de meses de quedas.
Com o anúncio, as ações do Yahoo fecharam a US$ 21,40 nesta terça, uma redução de 1,25%, e muito abaixo dos US$ 33 que a Microsoft ofereceu pela empresa em 3 de maio. Após rejeitar esta oferta, por considerá-la como muito baixa – ela queria pelo menos US$ 37 -, a Microsoft retirou-se e disse que já não estava mais interessada em comprar todos os serviços do Yahoo. Em face do crescente descontentamento dos acionistas, o Yahoo disse recentemente que iria considerar vender uma parte da empresa por US$ 33.
