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Déficit de competências tecnológicas atrasa migração para fábricas digitais, afirma estudo

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Embora uma grande parcela de fabricantes já tenha implementado plataformas digitais, mais de metade (51%) não possui as habilidades necessárias para operar fábricas digitalizadas, de acordo com um novo estudo da Accenture Strategy. O relatório, intitulado “Cracking the Code on the Digital Factor” (Decifrando o código da fábrica digital), revela que os fabricantes mais bem-sucedidos possuem estratégias avançadas envolvendo talentos, implementadas para habilitar digitalmente a força de trabalho do futuro.

Elaborado com base em um estudo global realizado com 450 fabricantes, ele aponta que o déficit crescente de competências é uma das maiores preocupações das companhias — uma situação que se agravou nos últimos anos, pois os fabricantes transformaram suas operações usando novas capacidades de tecnologia, análise e mobilidade.

De acordo com o estudo, 55% dos fabricantes (um aumento de 38% em relação a 2013), relataram a falta de competência tecnológica entre os funcionários que precisam operar máquinas e equipamentos digitais cada vez mais avançados, como impressoras 3D ou ferramentas de modelagem e simulação no chão de fábrica. Da mesma forma, 60% dos fabricantes (um aumento de 31% comparado a 2013) citaram a escassez de trabalhadores com habilidades no uso de análise de manutenção preditiva, que utiliza dados de sensores incorporados em um ambiente máquina a máquina (M2M).

“Para os fabricantes atingirem o valor potencial total das fábricas digitais, eles precisam redefinir sua força de trabalho para incluir novas técnicas de produção, como raciocínio analítico e apoio à decisão estimulado por dados”, avalia Russ Rasmus, diretor executivo da Accenture Strategy. “O desenvolvimento de uma estratégia ampla de talentos, que inclua novas competências digitais, é fundamental para os atuais fabricantes.”

Barreiras para fábricas digitais

A pesquisa identificou um pequeno grupo de fabricantes (8%) que superou seus concorrentes, aumentando a produção e a rentabilidade em mais de 10% desde 2013. Esses “líderes” são mais propensos do que seus concorrentes a compreender quais são as novas habilidades necessárias para o crescimento e sucesso futuros, além de terem uma estratégia mais eficaz para atrair, desenvolver e a essa nova geração de talentos.

A maioria desses líderes (73%) relatou ter as competências digitais necessárias, em comparação com 49% de outros fabricantes; e quase 50% deles informaram ter um maior grau de visibilidade sobre as habilidades que precisam. Isso possibilitou que a maioria dos líderes (81%) alcançasse uma maior mobilidade interna da força de trabalho em papéis envolvendo o digital, permitindo-lhes combinar empregados com gestores que precisam dessas habilidades.

Embora essas fábricas digitais estejam capacitadas com inovações tecnológicas de rápido desenvolvimento, o aspecto tecnológico da sua implementação não é a maior barreira para o sucesso. Segundo a pesquisa, 75% dos desafios de implantação citados pelos entrevistados estão relacionados com competências, talento dentro da organização, mudança ou estrutura organizacional.

“Os fabricantes devem gerenciar de forma agressiva estes obstáculos não técnicos, à medida que implantam suas habilidades de fábrica digital. Estas incluem a capacidade de criar novos processos, liderar equipes compostas de trabalhadores e máquinas e atualizar constantemente os programas de treinamento”, destaca Rasmus.

Veja, a seguir, o cenário no Brasil:

. 64% dos fabricantes locais já implementaram, ou estão em processo de implementação, de sua base digital. Globalmente, 70% das empresas estão no mesmo estágio;

. 70% das empresas manufatureiras brasileiras já implementaram, ou estão em processo de implementação, de tecnologias para mobilidade, porcentagem ligeiramente mais elevada que o total global (68%);

. 67% das empresas manufatureiras locais já implementaram, ou estão em processo de implementação, de tecnologias para análise de operações e monitoramento de processos (globalmente: 71%);

. 43% dos fabricantes brasileiros já implementaram, ou estão em processo de implementação, de tecnologias para automação inteligente e controle de processos; porém, 50% das empresas locais sinalizaram interesse em adotar tais tecnologias futuramente.

. 80% das companhias manufatureiras locais já implementaram, ou estão em processo de implementação, de segurança digital e gerenciamento de energia – globalmente, a adoção foi bem menor: 64%

. 57% das fabricantes brasileiras já implementaram, ou estão em processo de implementação, da torre de controle de manufatura, contra 63% globalmente;

. 63% dos entrevistados brasileiros dizem ter implementado, ou estar em processo de implementação, de tecnologias avançadas para manufatura, contra 49% do total global.

. 50% das companhias manufatureiras locais já implementaram, ou estão em processo de implementação, de tecnologias para engenharia colaborativa;

. 97% dos fabricantes brasileiros registraram crescimento do nível de produção total e do lucro, comparado a 2013;

. Para os entrevistados brasileiros, os três aspetos da manufatura digital que mais impactam seus negócios são as tecnologias avançadas (70%), automação inteligente e controle (53%) e segurança digital e gerenciamento de energia (53%);

. 41% do investimento digital das empresas manufatureiras locais é direcionado aos seus clientes e apenas 29% aos seus parceiros/fornecedores.

. Entre os aspectos mencionadas pelas organizações locais como obstáculos para o gerenciamento da transformação digital destaca-se a resolução de problemas de integração das tecnologias digitais com infraestrutura preexistente.

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