Quase metade (49%) dos decisores de TI de empresas brasileiras se considera 'early adopter', ou seja, pioneiro na implantação de novas tecnologias, segundo estudo encomendado à consultoria Penn Schoen Berland pela Dell. A pesquisa teve a participação de 800 profissionais responsáveis pela Tecnologia da Informação de empresas de pequeno, médio e grande portes, de oito países: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Japão, Brasil, Índia, China e Rússia.
O relatório também mostra que, 41% dos entrevistados no Brasil se classificam na média, ou seja, tendem a adotar novas tecnologias junto com a maioria das empresas e só 8% admitem que incorporam tendências em TI no momento em que as mesmas já estão consolidadas no mercado.
"Esse estudo confirma a percepção da Dell de que o mercado brasileiro está aberto a novas tecnologias e tendências. O número de early adopters no Brasil é maior do que a média mundial do estudo, de 42%", afirma Raymundo Peixoto, vice-presidente de Soluções Empresariais da Dell para América Latina.
Tendências
Quando questionados sobre as principais tendências tecnológicas para as empresas, a maior parcela dos brasileiros, 67%, citou a mobilidade. Em seguida aparecem virtualização (66%), cloud computing (63%), big data (52%) e ambientes definidos por software (50%). Já sobre quais as tecnologias que as corporações brasileiras ainda não utilizam, mas que pretendem investir no próximo ano, 39% citaram cloud computing; 30%, big data; 29%, virtualização; 27%, mobilidade; 30%, ambientes definidos por software e 16% citaram outras.
Quanto às prioridades das corporações em relação a TI, 71% dos entrevistados no Brasil citaram a otimização das aplicações e, ou, da performance para atender aos objetivos de negócio. Na sequência, com 18% das citações, aparece a necessidade de estar na vanguarda da indústria e 11% consideraram a pressão para reduzir as despesas gerais.
A curva de Rogers mostra estatisticamente que os pioneiros "early adopters" correspondem a 13,5% da população. Pelo visto, 49% dos decisores de TI de empresas brasileiras não sabem o que é isso. Quando você apresenta um produto inovador, mesmo trazendo uma vantagem competitiva clara para o negócio, a coisa mais comum é ouvir a pergunta "Que empresas usam esta tecnologia". Responda "nenhuma" eles gentilmente agradecem e nunca mais respondem. Isto claramente é perfil de "early majority" ou "late majority".
É exatamente isso que acontece. Eles querem alguma outra empresa utilizando para se sentirem protegidos, seguros. Na área de segurança isso é ainda maior. Olham o quadrante mágico do Gartner e se fixam nas tecnologias tradicionais, não se importando se elas estão obsoletas. Querem garantir o emprego.