O Facebook alertou que pode ser forçado a sair do mercado europeu se os reguladores europeus avançarem com limites ao compartilhamento de dados entre a União Europeia e os Estados Unidos. Até este ano, um acordo chamado Privacy Shield permitia que as empresas de tecnologia dos EUA movessem dados facilmente entre as duas jurisdições. Mas a mais alta corte da Europa rejeitou esse acordo em julho, argumentando que a lei dos EUA carece de proteções robustas contra a vigilância do governo dos EUA.
Na sequência dessa decisão, o regulador de privacidade da Irlanda (onde fica a sede europeia do Facebook) ordenou que a rede social parasse de enviar dados de usuários europeus para seus centros de dados nos Estados Unidos. A Comissão de Proteção de Dados (DPC) da Irlanda lidera a aplicação dos regulamentos europeus de privacidade com relação ao Facebook porque a sede europeia oficial do Facebook fica em Dublin
Yvonne Cunnane, oficial de proteção de dados do Facebook, relatou a situação em um processo judicial feito no início deste mês em Dublin, divulgado pela primeira vez nesta segunda-feira, 21, acrescentando que o Facebook e o Instagram somam 410 milhões de usuários ativos por mês na Europa. "É uma ferramenta importante para a liberdade de expressão e os anúncios do Facebook geraram bilhões de dólares em negócios para empresas europeias".