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Feitas para durar: o valor da resiliência para as organizações longevas

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m 1994, um livro mudou o pensamento sobre como desenvolver e gerenciar empresas. Na época, o texto de “Feitas para Durar”, de Jim Collins e Jerry Porras, falava sobre como construir empresas que pudessem produzir impactos no mundo de tal forma que se deixassem de existir, a lacuna dificilmente poderia ser coberta por outras. E, com isso, definir como as organizações poderiam ser construídas para durar.

Hoje, mesmo após mais de um quarto de século de sua primeira edição, este livro ainda é uma referência na busca de conceitos e ideias de gestão para empresas inovadoras, e ainda permanece nas listas dos mais vendidos pelo mundo em um ecossistema onde o volume de startups é exponencial, mas a quantidade das que permanecem existindo ao longo do tempo é mínima. Mesmo em tempos em que muitos acham que 25 anos tornam o conhecimento obsoleto, uma leitura ou releitura dessa obra certamente trará uma nova perspectiva sobre o momento em que vivemos.

Um dos conceitos de maior relevância tratados pelos autores é a importância da continuidade e mudança como valores essenciais em um ambiente onde estabilidade e descontinuidade se alternam com uma frequência cada vez maior. Reconhecer a volatilidade e estar preparado para enfrentar a mudança é uma característica que, na época, já era considerada importante para a longevidade das organizações.

Se olharmos o momento atual, um dos principais valores de uma organização é a resiliência, que pode ser entendida como sua capacidade de persistir, recuperar-se e ajustar-se diante de crises ou situações adversas. Ao tratar a importância e os aspectos positivos da formação das organizações a partir de “indivíduos e suas particularidades”, o texto já destacava a importância da diversidade para o crescimento das organizações. Por último, mas não menos relevante, ao mencionar como fatores críticos do sucesso tópicos como consistência e inovação, disciplina e criatividade, sentido e realização; o livro parece antever os aspectos de governança e conformidade que hoje passam a ser fundamentais na construção das organizações, inclusive no contexto da ESG (Environmental, Social and Governance).

A implementação desses conceitos, já à época da primeira edição, foi um desafio muito grande e passava por quebrar alguns mitos que ainda persistem, tais como a necessidade de uma grande ideia para montar uma grande empresa, a maximização dos lucros como principal objetivo das empresas visionárias ou ainda a “ditadura do ou”, onde uma organização não pode coexistir com conceitos, forças ou ideias contraditórias. Não podem coexistir em uma mesma organização, mas que vem sendo quebrados gradativamente como temos visto em nosso dia a dia, felizmente.

Para terminar, não poderíamos deixar de falar sobre a tecnologia. É preciso refletir sobre o seu papel. As evoluções tecnológicas cada vez mais rápidas e impactantes não são propriamente as razões de mudança, mas instrumentos para enfrentar suas causas. Não é por acaso que se afirma que a “Transformação Digital” foi acelerada pela crise provocada pela pandemia. Isso aconteceu porque o cenário exigia soluções que somente as novas tecnologias seriam capazes de prover.

Responder a si mesmo se a organização onde atua é feita para durar é uma atitude que precisa ser contínua. Pense nisso.

Enio Klein, influenciados e especialista em vendas, experiência do cliente e ambientes colaborativos com foco na melhoria do desempenho das empresas a partir do trabalho em equipe e colaboração. CEo da Doxa Advisers e professor de Pós-Graduação.

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