Com uma recuperação ainda tímida dos orçamentos em TI neste ano, após a forte retração em 2009 em razão da crise mundial, as instituições financeiras brasileiras prometem retomar os investimentos no ano que vem, conforme revela o estudo Brazil Financial Insights Investment, realizado pela IDC Brasil com 33 bancos e 29 seguradoras. Em sua quinta edição, o levantamento mostra que 54% das 62 empresas têm certeza ou claras intenções de que vão ampliar os investimentos em TI em 2011 em relação a 2010. Os que afirmam que vão manter o mesmo volume aplicado neste ano representam 42% do total. Já os que disseram que vão gastar menos foram 3%.
O relatório da IDC mostra, ainda, que 61% das instituições financeiras investiram mais em TI neste ano, 31% mantiveram seus orçamentos iguais aos de 2009 e apenas 8% investiram menos. "À primeira vista, parece que em 2011 o crescimento dos investimentos em TI será menor. Porém, o crescimento deste ano deve-se em parte a uma recuperação de 2009, que foi um pouco mais difícil devido à crise mundial. Ou seja, é impressionante ver que mais da metade das empresas ainda vai aumentar em 2011 seus orçamentos em relação a este ano, que já foi bastante bom", disse Roberto Gutierrez, diretor de consultoria da IDC Brasil.
O IDC Brazil Financial Insights Investment apontou também que para os bancos a prioridade é o aumento da eficiência operacional, enquanto que para as seguradoras é o aumento da receita. Segundo a pesquisa, os grandes bancos continuam não terceirizando os sistemas 'core' da área de TI, preferindo mantê-los sob seu controle. Por outro lado, há uma tendência de aumento da terceirização de funções menos críticas, como a impressão departamental, por exemplo. Segundo o estudo, mais de 20% das instituições pretendem aumentar a terceirização dessa atividade.
Já quando o assunto é computação em nuvem, 52% das instituições não têm a nuvem como prioridade entre os investimentos em TI. "O setor ainda é bastante resistente, principalmente na questão de segurança. E as poucas iniciativas para esse segmento são de cloud privada", conclui Gutierrez.
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