Como se antecipar para prevenir fraudes no PIX?

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Os meios de pagamentos mais utilizados hoje, dias em que vivemos momentos de reclusão e distanciamento social, são os cartões de débito e crédito. Aos poucos, as pessoas estão quebrando as barreiras e os preconceitos, e explorando novas modalidades de pagamento, como as carteiras digitais, por exemplo.

E as transformações devem continuar de forma acelerada: em novembro, começa a operar o PIX, sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central do Brasil que tem como objetivo democratizar a transferência eletrônica de valores e impulsionar a bancarização da população, além de estimular uma maior competição no setor de pagamentos.

O PIX permite a realização de transferências e pagamentos entre instituições financeiras diferentes a qualquer hora do dia, sete dias por semana. Além disso, a efetivação da transação acontece em até dez segundos. Para pessoas físicas, o PIX traz ainda a vantagem de ser gratuito – e a ideia é que as taxas sejam bastante reduzidas também para pessoa jurídica.

O fato é que, se a necessidade de distanciamento social acelerou o aumento do número de pessoas que aderiram às compras não presenciais (segundo a consultoria Kearney o e-commerce deve faturar R$111 bilhões no Brasil em 2020, que representa um crescimento de 49% em relação a 2019), impulsionou também o volume de fraudes identificadas neste canal.

Diversas estratégias de prevenção a fraudes podem ser aplicadas para reverter essa situação. Quando trazemos o cenário de pessoa física e portadora do cartão, todas as estratégias são voltadas para proteger a integridade do cliente, o cartão de crédito e a conta bancária. Já no cenário de pessoa jurídica, o foco está em proteger os dados da empresa e prevenir para os ataques iminentes.

No mercado de prevenção a fraudes, existem diversas empresas especializadas na identificação e tratamento de casos, o que as diferencia é a capacidade de prever e inibir os casos antes que eles aconteçam. Para isso, podem ser aplicadas técnicas estatísticas como mineração de dados, machine learning e redes de relacionamentos, assim como consulta às mais diversas fontes de dados para maximizar a identificação dos casos.

Com a chegada do PIX, os desafios de combate a fraude se repetem, com o agravante de todo o processo de mitigação precisar ser realizado em até 10 segundos – tempo de conclusão da transação. Isso só é possível usando ferramentas que possuem poder analítico e investigativo avançados. Combinando o que há de melhor em tecnologia analítica, modelos preditivos e regras de negócio, de modo a identificar o risco de fraude de cada transação antes que ela seja efetivada.

Assim, bancos, fintechs e outros possíveis players no ecossistema do PIX garantem um score de fraude mais acurado, o que garante não apenas a redução de perdas e de riscos de imagem para a instituição, como também diminuem os casos de falsos positivos, melhorando a experiência do cliente e não impactando um dos principais benefícios do PIX, que é a rapidez e simplicidade para realizar transferências e pagamentos.

Mauro Souza, engenheiro de software e especialista em soluções de prevenção de fraudes e crimes financeiros no SAS.

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