O governo digital nas mãos da população

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Integrar os mundos físico e virtual, transformando-os em um mundo verdadeiramente digital e sem barreiras é o grande desafio para todas as empresas de tecnologia da informação, ou seja, integrá-los da forma mais natural possível. Para tanto, a virtualização, gerenciamento de redes, gestão dos aplicativos, segurança dos dados têm papel fundamental.

A coexistência destes dois mundos, já tão presente e avançada no campo da esfera privada – com o crescimento do trabalho em home office, por exemplo –  nos últimos anos vem também ganhando importância nas esferas do poder público. Recentemente, durante um evento de tecnologia, o secretário adjunto de TI do Governo Federal, Fernando Siqueira, disse que o grande desafio do governo é se aproximar do cidadão através da tecnologia. Há metas para que cada vez mais diferentes serviços sejam ofertados de forma digital.

Outro sinal do crescimento da importância deste tema é que – durante o processo eleitoral deste ano –  o governo digital teve grande ênfase nas campanhas políticas de diferentes partidos, colocando a tecnologia como a grande aliada para a resolução de problemas tradicionais das cidades brasileira. Em uma área essencial como saúde não é de hoje que ouvimos a dificuldade das pessoas para ter um bom atendimento; pois bem, os candidatos relatam que a interação entre população e o serviço de saúde por meio da tecnologia irá melhorar a gestão do serviço e por consequência melhorar a sua qualidade.

Ainda na área da saúde, em um dos debates que ocorreram, pudemos notar uma "discussão filosófica" entre dois adversários: enquanto um defendia um cartão magnético com chip o outro o chamava de antiquado e falava que os dados dos pacientes têm de estar na nuvem permitindo o acesso de qualquer lugar.

O fato é que, independente do modelo que seja adotado, o aplicativo sempre será o principal meio de interação com o público e profissionais que prestam o serviço ao público. É essencial que ele esteja disponível sempre que a população precise dele – seja para agendar uma consulta, pagar a zona azul ou os horários da frota de ônibus nos corredores e muito mais.

Mas, para mim, presidente de uma empresa de tecnologia, o interessante foi ver que a tecnologia está em voga, fez parte do programa de governo de muitos candidatos e é unânime quanto a percepção de que só ajudará na gestão da coisa pública.

A discussão sobre o tema é uma prova inequívoca de que a tecnologia faz parte do dia-a-dia das pessoas, tão acostumadas com redes sociais. Todos exercem um maior protagonismo, com a possibilidade de elogiar ou criticar pessoas, empresas, políticos e seus governos. Para garantir que a população seja atendida de forma apropriada, o gestor de TI da instituição pública precisa entender qual o melhor caminho para levar as diversas soluções que as empresas de TI ofertam ao cidadão, ao usuário de uma vasta gama de serviços públicos. Pode ser, por exemplo, virtualização ou otimização dentro do data center, mas é fundamental que algo seja feito para desonerar os cofres públicos.

Em um país cuja maioria dos acessos à internet se dá por via mobile e que tantos projetos colocam nas mãos dos cidadãos a oportunidade de vigiar a qualidade dos serviços públicos ofertados à população. Outro ponto que merece atenção dos agentes públicos é a vulnerabilidade dos dados de milhões de pessoas e a qualidade da conexão/acesso aos órgãos públicos diante de ataques constantes de criminosos digitais. A tecnologia é um pilar fundamental nesta interação cívica. Gestor do setor público (e cidadão), saiba mais sobre virtualização e como tirar melhor proveito do seu data center.

Luís Banhara, diretor geral da Citrix no Brasil.

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