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Iniciativa vai investir até R$ 5 milhões em empresas lideradas por mulheres

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A Microsoft Participações, Sebrae Nacional, Bertha Capital e Belvedere Investimentos se uniram para lançar duas iniciativas complementares que têm como objetivo o fomento à educação e ao empreendedorismo feminino, batizadas de “Women Entrepreneurship (WE)” no Brasil.

Os programas são compostos por dois pilares estratégicos: o Fundo de Investimento em Participações de Capital Semente (Women Entrepreneurship – Fundo WE) e o Portal WE.

Estas são ações inclusivas que têm o propósito de englobar projetos de todas as regiões do Brasil, não importando a formação prévia das empreendedoras no Ensino Superior ou Técnico, pois serão oferecidas capacitações técnica e de negócios juntamente com o investimento.

Este é mais um capítulo muito importante do compromisso da Microsoft com o Brasil, que celebra 30 anos de presença no País em 2019. A iniciativa WE faz parte de uma série de ações concebidas pela Microsoft para estimular o desenvolvimento e a democratização do uso da Inteligência Artificial (IA) no Brasil e, dentre elas, está a criação de projetos que gerem um impacto social sustentável no nosso país.

O “Fundo WE” será dedicado ao desenvolvimento de iniciativas disruptivas, de base tecnológica, que tenham pelo menos uma mulher como sócia do empreendimento. O objetivo é contribuir significativamente para endereçar esta importante lacuna existente na economia brasileira, uma vez que, atualmente, segundo a pesquisa do “Global Entrepreneurship Monitor” (GEM), a taxa total de empreendedores na população adulta brasileira (entre 18 e 64 anos) alcançou 38% em 2018, sendo 41,7% no grupo masculino e 34,4% no feminino.

A baixa participação de startups de base tecnológica, que possuam mulheres na liderança – no Brasil o percentual é de apenas 2%, segundo pesquisa do Distrito 100 Super Founders- é percebida pelas dificuldades das empreendedoras na busca de qualificação para gerir o negócio ou pelas barreiras culturais do ambiente corporativo e das startups, que têm em sua maioria homens como fundadores.

O Fundo WE tem o objetivo de captar R$ 100 milhões em até cinco anos e já nasce com R$ 50 milhões captados. Os aportes nas startups irão de R$ 500 mil a R$ 5 milhões. Atualmente, é baixa a oferta de capital semente, algo agravado em startups com sócias mulheres. Por este motivo, o foco do Fundo WE é apoiar, por meio de investimento, as startups que tenham participação feminina durante uma fase conhecida como “vale da morte”, na qual existe um alto risco de mortalidade e os recursos financeiros estão abaixo do necessário para permitir que a startup consiga expandir os seus negócios rapidamente.

Já o Portal WE é um programa de desenvolvimento de startups que ofertará capacitações de negócios e de tecnologias digitais, bem como mentoria técnica. Além disso, também serão lançados desafios para que qualquer estudante de universidades ou de cursos técnicos possa transformar as suas ideias em uma empresa de verdade (startup). Nesta fase, serão oferecidos recursos não-reembolsáveis para custeio de serviços operacionais de até R$ 50 mil para até 6 ideias por ano para que as empreendedoras possam abrir os seus negócios.

O Portal WE é gerenciado pelo Startup Studio, empresa criada pelo Fundo WE e primeiro investimento realizado por ele. O Startup Studio tem como objetivo desenvolver empresas inovadoras de base tecnológica e, também, oferecer mentoria e capacitação para seus associados. Ou seja, trata-se de um modelo de fomento ao empreendedorismo que colabora com a criação de uma startup desde o seu estágio inicial.

Para oferecer mentorias, o Portal WE é composto por um time multidisciplinar com especialistas em conteúdo de negócios, marketing, administração, finanças e gestão, os quais são oferecidos em parceria com o Sebrae Nacional e algumas empresas especializadas, e conteúdos técnicos e de programação oferecidos em parceria com a Microsoft.

O Startup Studio também busca alterar o panorama brasileiro de empreendedorismo de base tecnológica com baixa participação de mulheres como sócias das startups. Nesta fase inicial serão realizados investimentos entre R$ 50 mil e R$ 500 mil, os quais serão feitos diretamente pelo Startup Studio.

De acordo com a pesquisa do Sebrae sobre Empreendedorismo Feminino, o Brasil tem a 7ª maior proporção de mulheres entre os chamados Empreendedores Iniciais – pessoas que estão à frente de empreendimentos com menos de 42 meses de existência. A pesquisa revela ainda que as Donas do Negócio, pós-empreendedoras, estão à frente de negócios de porte menor, sendo que 87% trabalha por conta própria.

Por isso, mais que oferecer investimento, a Iniciativa WE quer ajudar a criar líderes mulheres que sirvam de exemplo para as gerações futuras. O objetivo é mostrar que empreender pode ser um caminho natural para qualquer mulher. “Será um impacto de longo prazo que provavelmente reverberará para as gerações futuras.

À medida que um número maior de startups lideradas por mulheres ganharem mais experiência, elas irão estimular outras mulheres a fundarem, realizar mentoria ou financiar novos empreendimentos”, afirma Franklin Luzes, vice-presidente da Microsoft Participações.

“Os estudos desenvolvidos no Sebrae mostram que 44% das mulheres que empreendem o fazem por necessidade, frente a 32% dos homens”, aponta o presidente do Sebrae, Carlos Melles. “Trabalhamos para aumentar a presença de empresárias à frente de negócios inovadores. Acreditamos que esta parceria com a Microsoft será um importante catalisador para provocar esta mudança cultural e fomentar o empreendedorismo feminino em startups. Atualmente, os principais setores liderados por mulheres no país são de alimentos e bebidas, vestuário e beleza”, acrescentou.

Segundo Marco Hascal, sócio da Belvedere Investimentos, que tem um quadro com 42% da equipe composta por mulheres, sendo três delas diretoras, explica que essa iniciativa vai acelerar a expansão de novas empresas com lideranças femininas e dar uma visão global para todos. A Iniciativa WE espera investir em 25 startups nos próximos cinco anos. A Belvedere Investimentos ficará também responsável pela captação dos recursos. Além disso, devido ao caráter inovador e disruptivo desta iniciativa, a Belvedere Investimentos também irá criar um veículo dedicado para receber a participação de pessoas físicas que desejem apoiar esta iniciativa de fomento ao empreendedorismo feminino no Brasil.

Do ponto de vista da tese de investimento e das áreas nas quais as startups serão selecionadas, Rafael Moreira, CEO da Bertha Capital, salienta que tecnologias disruptivas tais como Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT) e Computação em Nuvem são exemplos de tecnologias transversais que habilitam negócios inovadores que estarão no centro da tese de investimento.

“O Fundo WE possui um olhar diferenciado pois será um dos fundos de investimento em startups com o maior grau de sofisticação e complexidade no mercado, pois combina a questão do propósito de apoiar o empreendedorismo feminino, observa as principais tecnologias habilitadoras no mercado, além de trazer várias corporações empresariais com seus desafios e, portanto, oportunidades de demanda e apoio segmentado em setores econômicos tais como finanças, varejo, indústria, construção, dentre outros”, ressalta Moreira.

Donas do negócio

O empreendedorismo feminino surge como um importante instrumento de transformação social, de conquista, independência e afirmação feminina, principalmente nos últimos anos, em que o número de empresárias tem aumentado no mundo dos negócios. Em 2018, 50% dos negócios no país foram abertos por mulheres, de acordo com a pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2018, em parceria com o Sebrae.

Segundo dados da pesquisa Empreendedorismo no Brasil, da Rede Mulher Empreendedora, apenas 28% das mulheres se sentem seguras com a gestão financeira do seu negócio, o que se agrava quando, no meio de tantas funções, 41% misturam o dinheiro da casa com o do negócio.

A expectativa da Iniciativa WE também é contribuir para a diminuição da taxa de mortalidade dos negócios liderados por mulheres. A pesquisa da Rede Mulher Empreendedora afirma que 49% das mulheres abrem um negócio sem planejamento.

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