Cisco vai criar fundo de venture capital para o Brasil

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O Brasil e a Rússia serão o foco principal dos investimentos da Cisco entre os países que compõem os chamados BRICs (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China, consideradas as economias emergentes mais promissoras) nos próximos três anos.

No caso específico do Brasil, a companhia vai criar um fundo de venture capital com o propósito de aplicar recursos em setores que demonstrarem potencial de retorno, tais como empresas que desenvolvem aplicações para prefeituras, gestão de redes sem fio, aplicações para redes IP, entre outras.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (23/1) pelo novo presidente da subsidiária brasileira da Cisco, Pedro Ripper, que assumiu o posto em novembro passado, ao fazer um balanço das atividades e do desempenho da empresa no ano calendário de 2006.

A escolha do Brasil como um dos destinos de investimentos da companhia, segundo ele, é resultado do desempenho apresentado ano a ano pela operação local, cujo crescimento somente no ano passado foi de 58%. De acordo com Ripper, com esse crescimento o país passou a chamar mais atenção no board da Cisco e reforçou a crença que já existia sobre o potencial do mercado brasileiro.

Atualmente, a empresa mantém parceria com fundos de venture capital, que investem capital de risco em projetos que prometem altas taxas de retorno, no Vale do Silício, Israel, Índia e China, que já recebem esses investimentos há alguns anos. A previsão agora para o Brasil, segundo Ripper, é aumentar o investimento entre 30% e 40%, a partir do ano fiscal de 2008, que se inicia em agosto. Os recursos serão carreados para a ampliação do escritório, número de funcionários, estoque, capacidade de crédito e dos canais de vendas.

Da receita mundial de US$ 28,5 bilhões no ano fiscal de 2006, Ripper informa que 27% a 30% vieram da área de telecomunicações (operadoras de telefonia e de TV por assinatura, provedores de serviços e provedores de acesso à internet); 35% a 40% de grandes corporações; 25% a 30% de pequenas e médias empresas, e cerca de 10% da área residencial, já considerando as receitas provenientes da Linksys (fornecedora de redes de voz e wireless para usuários domésticos), Arroio (para distribuição de vídeo sob demanda) e Scientific Atlanta (fabricante de set-top boxes).

Em relação a possibilidade de vir a produzir a linha desta última empresa no Brasil, como parte do plano de investimentos, Ripper diz que a empresa sempre examinou a viabilidade de fabricar set-top boxes na Zona Franca de Manaus, e vai continuar analisando após o anúncio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) pelo governo federal. Mas salientou que isso depende do aumento da escala no mercado interno e das perspectivas de exportação.

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