Publicidade
Início Blogueria Do Capex ao Opex: os benefícios da nuvem híbrida

Do Capex ao Opex: os benefícios da nuvem híbrida

0
Publicidade

A computação em nuvem (ou cloud computing) é cada vez mais necessária e presente nas organizações. Já a nuvem híbrida é uma das principais tendências para os próximos anos e uma verdadeira promessa de eficiência para a equipe de TI. É possível dizer, inclusive, que a nuvem híbrida é que fará o setor de TI deixar de ser consumidor de Capex, ou um centro de custo operacional, para se tornar Opex, serviço que entregue, de fato, melhorias e vantagens competitivas ao negócio. O uso do ambiente híbrido está intimamente relacionado à produtividade do departamento de TI, que costuma ficar muito comprometida quando não há nenhuma solução de cloud disponível.

Trata-se de um modelo de computação em nuvem mais flexível e econômico, que tem sido mais implementado por entidades governamentais e corporativas de médio a grande porte. De acordo com o modelo, alguns recursos de TI são fornecidos como serviço por meio de uma nuvem privada interna e outros são fornecidos por provedores de serviços de terceiros, na nuvem pública. A combinação dos ambientes altera a função do departamento de TI de provedor exclusivo para “representante” de serviços de TI.

O ambiente híbrido é a melhor maneira para uma empresa garantir a manutenção das aplicações do ambiente atual, sem descartar todo o investimento feito anteriormente, mas ao mesmo tempo se adequar aos novos tempos da computação em nuvem. É possível perceber, contudo, que ainda há muita confusão ou até mesmo falta de conhecimento sobre o que é de fato cloud computing e nuvem híbrida e como as organizações podem obter vantagens com o seu uso. Assim, para que a nuvem híbrida seja predominante em alguns anos, é necessário que se entenda as diferenças entre os ambientes e como conciliar sua utilização.

Para iniciar as operações em um ambiente híbrido, a empresa deve estipular seu budget levando em consideração a ociosidade de recursos a fim de otimizá-los, definir um prazo viável para desenvolvimento do processo e os recursos necessários. A complexidade da operação de migração entre nuvens depende muito da aplicação a ser utilizada. Geralmente, serviços de infraestrutura, como servidores e banco de dados, são simples de serem movidos de uma cloud para outra. Já montar a infraestrutura privada da nuvem híbrida pode exigir um investimento relativamente alto, pois será necessário investir em hardware e software. O ambiente público continua no modelo “pay as you go”, ou seja, você paga somente pelo que utilizar.

Em alguns casos, a implementação de uma nuvem híbrida pode ocorrer aos poucos, de acordo com a demanda. Se você tem um e-commerce, com hardware em seu data center local, que funciona perfeitamente em determinadas datas, como Dia das Mães ou Natal, por exemplo, a ferramenta não suportará a demanda extra. Nesse caso, você pode utilizar sua estrutura local até o limite e então recorrer ao ambiente híbrido, utilizando recursos da nuvem pública. Em organizações de maior porte, como o marketing da Coca Cola, é mais recorrente a utilização de nuvem pública, pois não é viável gerenciar compra de servidores e storage, prever a quantidade de acessos simultâneos e outros pontos, a cada campanha. Porém, é interessante observar que sempre haverá outras aplicações, mais sigilosas e estratégicas, rodando em ambiente de cloud privada — configurando assim uma nuvem híbrida.

Ainda nesse exemplo da Coca Cola, caso a equipe de marketing não tenha autonomia para transitar entre as nuvens e dependa unicamente do departamento de TI, é possível imaginar que ambas as partes serão prejudicadas. A equipe de TI ficará dispersa, sem poder desenvolver projetos propriamente ditos, para se dedica a “apagar incêndios” de eventuais demandas. Isso poderá interferir também na atuação da equipe de marketing, que pode, por exemplo, vir a perder algum prazo. Com um ambiente de cloud híbrido, a TI não precisa mais se envolver com tanta recorrência, uma vez que os recursos já estão todos disponíveis ao marketing e, caso falte espaço no ambiente on premises, a ferramenta já provisionará recursos na cloud pública.

A maioria dos grandes fabricantes está se adequando ao mundo híbrido. Grandes players, como Cisco Systems e HP, já possuem no portfólio ferramentas para gestão de nuvens com esse perfil. A primeira conta com o Intercloud, que gerencia ambientes privados e públicos, além de entregar recursos locais ou em nuvens públicas, como AWS e Azure. Já a HP possui o CloudSystem, ambiente que também pode gerenciar tanto recursos locais, como remotos. Ou seja, os recursos necessários para alcançar o futuro da computação em nuvem estão cada vez mais disponíveis e acessíveis.

Ainda assim é necessário compreender que a adoção de novas tecnologias ocorre e, ritmos diferentes de acordo com variados contextos, como conjuntura econômica, maturidade das organizações e segmento de atuação. Os mercados com a área de TI mais desenvolvida lideram a adoção de nuvens, ao passo que as economias emergentes são mais lentas no processo, por aversão ao risco. Embora menores do que na nuvem pública, a economia de escala e a economia geral são significativas, a transparência e o controle são altos e as preocupações com multi-tenancy são eliminadas. Além disso, os principais benefícios da nuvem híbrida são muito atraentes aos negócios: expansão ou realocação rápida, à medida que as demandas mudam; menores custos de infraestrutura, energia e instalação; maior produtividade da equipe de TI e da organização e maior segurança e proteção dos ativos de informação.

* César Schmitzhaus, coordenador de tecnologia da Teltec Solutions.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile