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Como enfrentar a tempestade tecnológica que se aproxima

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Quem se lembra do filme “The Perfect Storm”, de 2000? Nele, o capitão e a tripulação de um pequeno barco são surpreendidos por uma tempestade horrível e precisam lutar pela sobrevivência, enquanto a embarcação é atingida por ondas gigantes. Esta tempestade aconteceu porque forças da natureza se encontraram, criando ondas enormes que não poderiam ser detidas por nada. Uma das cenas mais memoráveis do filme é a do pequeno barco subindo em uma incrível montanha de água.

Hoje, a indústria de TI encontra-se em uma situação semelhante. Quatro enormes tendências do mercado estão se unindo, criando um cenário com grande potencial. As empresas que aproveitarem este movimento obterão lucros, enquanto aquelas que não se adaptarem podem acabar enfrentando uma onda assustadora a bordo de um pequeno barco, lutando pela sobrevivência. As quatro tendências tecnológicas às quais me refiro são: big data, nuvem, mídia social e mobilidade. Como o radar do barco em “The Perfect Storm”, o Gartner foi o primeiro a publicar artigos sobre essas tendências, identificando seu incrível potencial. O instituto de pesquisas considera essas quatro tendências como o “nexus of forces“. Uma busca rápida no Google mostra mais de 300 mil resultados.

Examinemos então o que está causando essa tempestade tecnológica. Como é habitual no mundo de TI, tudo começa quando existem dados e o desejo de transformá-los em informação útil. As quatro forças Identificadas (mobilidade, mídia social, nuvem e big data) estão relacionadas à produção ou o consumo de dados a uma taxa nunca antes experimentada.

O uso da mobilidade está se expandindo a uma velocidade jamais vista. Uma pesquisa da Ericsson estima que a penetração móvel atingiu 87% da população mundial no primeiro trimestre de 2012, sendo que as assinaturas móveis chegaram a um total 6,2 bilhões. A mesma pesquisa prevê que, em 2017, as assinaturas móveis chegarão a 9 bilhões de usuários, dos quais 5 bilhões terão conexão em banda larga móvel. Este é um número enorme de dispositivos produzindo e consumindo dados.

Os dados produzidos por esses dispositivos não são provenientes apenas do uso de um navegador. Cada vez que um usuário abre um aplicativo para procurar um restaurante, por exemplo, o dispositivo transmite a localização do dispositivo GPS, executa uma consulta e retorna os dados sobre o local. Esta operação simples, multiplicada por 6,2 bilhões de assinantes, cria uma montanha de dados. E, para aumentar ainda mais esse volume, ninguém tem apenas um aplicativo em seu smartphone — os usuários de iPhone têm, em média, 40 aplicativos, enquanto os usuários da plataforma Android têm, em média, 25. Diariamente são criados petabytes de dados em todo o mundo.

A mídia social é outro ponto que merece ser analisado. O Facebook tem mais de 1 bilhão de usuários ativos. Sim, o Facebook é enorme, mas os demais canais também possuem grande representatividade — a cada 60 segundos usuários fazem upload de 48 horas de vídeo no YouTube; o Google recebe mais de 2 bilhões de pedidos de buscas, os usuários do Twitter enviam mais de 100 tweets, usuários do Instagram compartilham 3,6 mil novas fotos e usuários WordPress publicam 347 atualizações em seus blogs. Além da adoção da mobilidade, mídia social é a tendência tecnológica que mais cresce. 

Sobre cloud também temos muito o que falar. Comece dizendo adeus aos centros de dados empresariais e dê as boas-vindas aos aplicativos em nuvem. Esse modelo está mudando a maneira como as empresas pensam sobre suas aplicações. No passado, os usuários identificavam a necessidade, escreviam uma solicitação de proposta técnica ou comercial para aquisição de algum produto ou serviço (RFP), revisavam propostas de fornecedores, buscavam orçamento, processavam o pedido interno, a TI instalava o aplicativo, treinava usuários e assim eles começavam a utilizar o sistema. Hoje, os usuários podem simplesmente procurar a funcionalidade necessária e, em seguida, pagar com cartão de crédito — se a aplicação tiver custo. Sistemas baseados em nuvem reduzem drasticamente o caminho para a introdução de novas funcionalidades em uma empresa.

Aplicativos baseados em nuvem, com frequência, são substancialmente melhores do que os anteriores, uma vez que novas funcionalidades — como padrões de interação móvel e social — podem ser adicionadas com frequência. À medida que mais e mais desenvolvedores disponibilizam suas aplicações na nuvem, mais aumenta o seu uso. Esse movimento também contribui para a geração de uma enorme quantidade de dados baseados em cloud.

Enquanto mobilidade, canais sociais e nuvem estão produzindo e consumindo grandes quantidades de dados, tecnologias emergentes para big data estão focadas em armazená-los. A capacidade mundial per capita para armazenar informação dobra a cada 40 meses, desde a década de 1980. A partir de 2012, 2,5 quintilhões de bytes de dados estão sendo criados a cada dia. Para contextualizar — 2,5 quintilhões de moedas de um centavo, se colocadas lado a lado como um tapete, cobririam a superfície da Terra cinco vezes — imagine! Novas tecnologias surgem da necessidade do tratamento desses dados, uma vez que as que tecnologias tradicionais não conseguem armazenar.

Mas, não se assuste. Ainda que as quatro forças sejam, definitivamente, motivos de preocupação, as empresas não precisam sentir-se como o barco de pesca solitário do filme “The Perferct Storm”. Com as soluções e parceiros de software corretos, as companhias conseguem se preparar e tirar o melhor proveito possível dessa montanha de dados, transformando-a em oportunidades.

*Matt Green é vice-presidente de produtos da Software AG.

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