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Bancos podem gerar novos negócios com criptoativos, defende KPMG

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Se quiserem atender às necessidades dos proprietários de criptoativos, principalmente no nível institucional, as operações bancárias precisam evoluir. Além disso, há 7 aspectos principais que deveriam constituir a infraestrutura operacional de um banco para que este realize serviços inovadores e competitivos com base cripto.

As competências e os modelos de negócios nas atividades cripto devem, também, contribuir para gerar melhores oportunidades de negócios de serviços digitais no mercado cripto em expansão. Essas são algumas das conclusões da publicação “Plano bancário para o mundo cripto: a adoção de criptoativos irá transformar os serviços bancários”, conduzida pela KPMG.

“A competição dos bancos no mundo digital mudou para sempre com a aceitação crescente dos criptoativos, o rápido avanço da tecnologia de criptomoedas e a participação de instituições financeiras neste mercado. Os criptoativos também estão gerando inovações em custódias, corretagens, compensações comerciais, liquidações, pagamentos e concessões de empréstimos. Há uma nova infraestrutura para serviços bancários e os líderes do setor precisam capitalizar as oportunidades de negócios crescentes no mercado cripto desenvolvendo novas operações e serviços inovadores”, afirma Fabio Licere, sócio da Consultoria em Serviços financeiros da KPMG no Brasil.

1- Experiência do cliente sem transições perceptíveis

Este foco tem sido determinante para o crescimento de serviços institucionais de maior valor comercial. Em um ambiente digital todos-em-um, os cripto clientes estarão aptos a acessar fácil e rapidamente, realizar automaticamente, sem fricção, o pagamento de contas e comprar produtos ou serviços por meio do saldo disponível, hora em cripto, hora em moeda corrente, bem como em utilizar ativos para concessão de empréstimo ou tomada de empréstimo com opções de colateral em criptoativos.

2- Modelos modernizados de custódia

A custódia é uma competência crítica para garantir que os criptoativos dos clientes estejam protegidos de furto ou de extravio, e que eles estejam disponíveis para utilização. O cenário é significativamente diferente da custódia e do controle em ativos financeiros tradicionais em função do caráter irreversível das transações liquidadas em blockchains públicos. Assim, os bancos deverão tomar decisões críticas relacionadas com desenvolvimento ou compra para o desbloqueio de produtos e serviços de criptoativos.

3- Competências de auditoria e emissão de relatórios

Para competir nesse mercado, os bancos têm que mostrar serviços de criptoativos transparentes, com integridade e alinhados às melhores práticas. Os procedimentos de auditoria para bancos que atendem cripto clientes devem requerer abordagens singulares para validar propriedade, controle, transferência de titularidade e existências de ativos. Conforme o cenário de auditoria e contabilidade evoluem, as abordagens modernas de testes automatizados aproveitarão a transparência e a possibilidade de auditoria oferecida pelos blockchains públicos.

4- Integrando dados de blockchains públicos com dados internos

Os blockchains públicos mantêm um histórico detalhado de cada transação isoladamente que já tenha sido confirmada na rede. Os dados são criptografados e comprimidos conforme a descentralização desta tecnologia, criando desafios quando isso se refere a normalizar e utilizar dados de transações de blockchain. As organizações deverão superar esse desafio com visões unificadas das transações “on-chain” e “off-chain” para alcançar objetivos de negócios, compliance e gerenciamento de riscos.

5- Segurança cibernética mais avançada

Os valores em risco de segurança cibernética são maiores no cenário cripto. Criptoativos que erroneamente trocam de mãos nos blockchains públicos não podem ser recuperados pelo proprietário original. Bancos que competem nesse espaço deverão oferecer mais segurança para gerenciarem cripto riscos singulares. Uma segurança avançada é requerida para as empresas monitorarem e se defenderem de riscos cibernéticos e de segurança da informação.

6- Gerenciamento de riscos e controles padrão do setor

Ao entrar no espaço cripto, os bancos devem fazer parcerias para desenvolver práticas de gerenciamento de riscos e ambientes de controle para integrar bases conceituais e requerimentos regulatórios setoriais. Os bancos também devem identificar e racionalizar as principais diferenças e deficiências nessas bases conceituais que existem devido à natureza dos criptoativos. Todavia, como padrões continuam surgindo e evoluindo, os bancos devem rastrear os avanços que surgem no gerenciamento e no controle de riscos de criptoativos com foco na agilidade técnica e operacional para tratar novas bases conceituais e expectativas setoriais.

7- Compliance regulatório robusto

Bancos que lançam produtos e serviços cripto deverão cumprir requerimentos regulatórios específicos. Regulamentações significativas para criptoativos são transferências do setor financeiro tradicional, as quais requerem que as organizações compartilhem informações dos clientes quando elas transferem recursos entre organizações. Uma das principais áreas focais das atividades de compliance bancário serão crimes financeiros. Essa complexidade cria desafios de compliance significativos e requer um monitoramento intenso das mudanças regulatórias ao redor do mundo.

Outro ponto relevante é conectar este contexto nos aspectos de privacidade de dados, especialmente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e de prevenção a lavagem de dinheiro, dadas as características de confidencialidade e de mecanismos transacionais dos ativos.

“Alinhar produtos e serviços com oportunidades de mercado é importante em qualquer transformação empresarial. No caso dos bancos, eles podem rastrear tendências de crescimento para entender as demandas dos clientes por criptoativos. As competências de custódia serão centrais para uma estratégia geral de criptoativos e escolher outros fluxos de receitas dependerá também de cada ponto forte individual do banco na corretagem, na concessão de empréstimo e nos pagamentos de maior valor”, afirma Thiago Rolli, Sócio da Consultoria de Serviços Financeiros da KPMG no Brasil.

A publicação da KPMG apresenta ainda uma avaliação minuciosa das especificidades do tema, incluindo fatores técnicos e operacionais e, ainda, destaca três áreas promissoras da inovação cripto: serviços de prime brokerage; geração de rendimento, com tomada de empréstimo, concessão de empréstimo e staking; e pagamentos.

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