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Políticos ingleses têm seus dispositivos hackeados durante pesquisa de F-Secure

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Políticos do parlamento inglês passaram pela experiência de ter seus dispositivos hackeados. Essa ação é parte de uma pesquisa da F-Secure realizada em Londres que demonstrou a facilidade com que dados pessoais podem ser hackeados quando o alvo está usando Wi-Fi público. Para examinar esse ponto a F-Secure uniu-se à especialista em auditoria de segurança Mandalorian Security Services e ao Cyber Security Research Institute. O objetivo era realizar um experimento que previsse a invasão dos dispositivos de três políticos do parlamento inglês.

Os alvos, deliberadamente selecionados dentre os mais influentes políticos do Reino Unido, foram Rt. Hon. David Davis MP, Mary Honeyball MEP e Lord Strasburger. O exercício foi realizado com a permissão desses representantes que, a despeito de ocuparem cargos importantes nos diferentes parlamentos, admitiram não ter recebido instrução formal ou informação acerca da relativa facilidade com que computadores podem ser invadidos durante o uso de Wi-Fi público – um serviço que todos eles admitiram usar regularmente.

Comentando sobre o seu e-mail ter sido acessado, Davis disse que “é aterrorizante. O que vocês extraíram foi uma senha muito forte, mais difícil do que a maioria das pessoas usa. Certamente, não é password.” O problema é que a senha do Rt. Hon. David Davis MP teria sido decifrada por mais forte que fosse. Isso acontece porque o Wi-Fi público é inerentemente inseguro – nomes de usuários e senhas são mostrados em texto legível na retaguarda de um ponto de acesso Wi-Fi, simplificando seu roubo por um hacker.
Para enfatizar o risco, os hackers éticos da Mandalorian deixaram na pasta de rascunhos deste parlamentar um e-mail destinado à imprensa nacional, anunciando a sua deserção para o partido UKIP, da oposição. Sua conta do PayPal também foi comprometida. Isso aconteceu pelo fato de Davis usar nesta conta o mesmo nome de usuário e senha do seu Gmail – um hábito comum.

No caso de Lord Strasburger, uma chamada de voz sobre IP (VoIP) feita por ele em um quarto de hotel foi interceptada e gravada usando tecnologia disponível gratuitamente na Internet e relativamente fácil de dominar. Strasburger disse: “Isso é muito preocupante. Esse é um equipamento muito poderoso. O pensamento de que um hacker principiante seria capaz de estar operante em poucas horas é realmente preocupante. Penso que isso prova que, ao usar tecnologia, as pessoas precisam saber muito mais a respeito dela. A conclusão é que os usuários precisam cuidar de si mesmos porque o uso do dispositivo móvel é individual – ninguém fará isso pela pessoa.”

Mary Honeyball MEP, membro da comissão da UE responsável pela campanha ‘We love Wi-Fi’ (Nós amamos Wi-Fi), estava navegando na Internet em um café quando o hacker ético lhe enviou uma mensagem, supostamente do Facebook, convidando-a a fazer novo login na sua conta, por haver expirado o tempo de conexão. Foi assim que, sem saber, ela entregou as suas credenciais de login ao hacker, que então acessou a conta dela no Facebook.

Honeyball, que estava usando um tablet que lhe fora destinado dias antes pelos funcionários de tecnologia do Parlamento Europeu, ficou particularmente preocupada por não lhe terem sido feitas advertências. “Penso que algo deve ser feito. Todos nós pensamos que as senhas deixam tudo seguro. Sempre pensei que esse fosse o objetivo das senhas. Estou surpresa e chocada”, disse ela.

Cada invasão demonstrou não apenas a facilidade com que um hacker pode burlar serviços protegidos por senha, mas também como os dados pessoais poderiam ser usados para ataques adicionais. “Uma pessoa comum acredita que saber para qual time ela torce seria uma informação bastante inútil para um hacker”, disse Steve Lord, diretor da Mandalorian. “Mas, em posse desse dado, o hacker poderá criar um e-mail de phishing especificamente voltado a essa pessoa e às suas preferências esportivas, sabendo que um torcedor terá maior probabilidade de abrir o e-mail de phishing. Ao clicar em um link nesse e-mail ou abrir um anexo, a pessoa estará nas mãos dos hackers – eles carregarão malware nos dispositivos do usuário, que sem querer acabará entregando ao inimigo todas as suas informações. Não apenas isso, mas também as informações da sua empresa, se este usuário costuma usar seus dispositivos para acessar a rede da empresa.”

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