Google afirma ter removido 98% da pedofilia no Orkut

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Cerca de dois anos depois de assinar um acordo com a CPI da Pedofilia para combater o crime no site de relacionamentos Orkut, o Google anunciou que praticamente 100% das ocorrências foram identificadas e removidas – a média dos últimos 21 meses foi de aproximadamente 98%. Os casos restantes foram identificados e retirados após denúncias de usuários do site de relacionamentos, segundo nota divulgada pela empresa nesta quarta-feira, 24.
Segundo o Google, desde junho de 2008, quando anunciou a criação de um pacote de medidas de segurança em conjunto com as autoridades brasileiras, novas ferramentas tecnológicas foram criadas – e outras já existentes aperfeiçoadas –, para a identificação e remoção de conteúdos de pornografia infantil ou pedofilia encontrados no Orkut.
Em junho de 2008, o Google, a ONG Safernet e o Ministério Público Federal firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que resultou numa série de medidas concretas de combate à pornografia infantil na internet. Anunciado durante sessão na CPI da Pedofilia no Senado Federal, o TAC previu, entre outros compromissos, a criação de novos filtros tecnológicos e ferramentas para remover e prevenir a publicação de material comprovadamente ilícito por parte dos usuários do Orkut.
"Todos os compromissos foram cumpridos. As ferramentas foram desenvolvidas e aperfeiçoadas com tecnologias inovadoras. Foram realizadas 19 reuniões presenciais e mais 21 conferências por telefone entre as equipes do Google e da Safernet para ajustar as ferramentas. Além disso, foram realizadas reuniões bimestrais de acompanhamento do TAC na sede do Ministério Público Federal em São Paulo", afirma o Google, em nota.
"Os avanços observados nesse período, obtidos com o apoio da Safernet e das autoridades brasileiras, reforçaram o comprometimento do Google em oferecer a mais segura experiência de navegação possível aos internautas", afirma Ivo Corrêa, diretor de relações governamentais do Google Brasil.
Além dos compromissos assumidos no TAC, o Google desenvolveu uma série de ferramentas tecnológicas para análise de textos, imagens e símbolos, capaz de ajudar na identificação de conteúdo de pornografia infantil e colocada, há quase um ano, à disposição da SaferNet Brasil e do Ministério Público Federal em São Paulo. No entanto, essas ferramentas ainda não foram utilizadas por falta de computadores capazes de processá-las.
Em balanço das atividades do TAC, durante audiência pública nesta quarta-feira, o presidente da CPI da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES), anunciou a intenção de buscar apoio de empresas privadas, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para assegurar os meios necessários à plena utilização dessas ferramentas.
O diretor de Políticas Públicas e Relações Governamentais do Google, Ivo Corrêa, explicou na CPI da Pedofilia que essas ferramentas foram desenvolvidas no âmbito do projeto Cosme. Trata-se de um classificador de texto, capaz de calcular automaticamente a probabilidade de ocorrência de crime em cada uma das páginas analisadas. Há ainda um detector de imagens e um detector de símbolos, que igualmente calculam a probabilidade de esses elementos gráficos estarem associados a atividade ilegal. Integra ainda o conjunto de ferramentas um visualizador de dados numéricos e de tendências.

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