A Internet das Coisas (IoT) é um termo que tem sido discutido há muito tempo, mas finalmente agora está recebendo maior destaque em termos de tecnologia e adoção por parte dos consumidores.
A IoT está começando a fazer a diferença em muitas áreas das nossas vidas. Medidores inteligentes conectados usam a rede sem fio para rastrear o uso de energia residencial, enquanto relógios inteligentes e carros inteligentes estão desempenhando um papel pequeno, mas influente, no movimento de expansão da IoT. Isto antes mesmo de começarmos com as tecnologias residenciais conectadas, que incluem sensores de segurança a lâmpadas conectadas e até torradeiras inteligentes.
Contudo, ainda tenho uma dúvida: “Quando a Internet das Coisas irá de fato atingir o seu grande momento? ”. Se aceitarmos que o melhor momento da IoT ainda está por vir, então finalmente podemos definir uma data para isso. Em nosso novo estudo internacional, The Internet of Things, Today and Tomorrow (tradução livre: A Internet das Coisas, Hoje e Amanhã), perguntamos sobre a IoT a 3.100 executivos de 20 países. A pesquisa obteve uma série de ideias e atitudes interessantes e também descobriu que 2019 será o ano de transformação da IoT. Na verdade, 85% das empresas planejam começar a usar tecnologias de IoT até 2019. Então anote em sua agenda.
O que mais o estudo descobriu? Aqui estão os pontos positivos, negativos e intermediários:
A IoT fornece benefícios. Sim, você ouviu corretamente – a pesquisa descobriu um “dividendo de expectativas”: os benefícios do mundo real obtidos com a IoT vão além das expectativas originais em todas as áreas. Em outras palavras, acredite na propaganda (e quantas vezes você pode dizer isso sobre uma nova tecnologia?).
O ROI parece muito bom. Quatro quintos das empresas que usam tecnologias da IoT relatam aumento na eficiência dos negócios, enquanto que o retorno médio sobre o investimento de uma implementação de tecnologia de IoT é de 34%.
Muitas pessoas afirmam que sabem o que significa IoT. Mas poucas sabem de fato o que é. Na nossa pesquisa, 98% dos entrevistados acham que eles têm a definição correta, mas não há um consenso.
A IoT tem alguns obstáculos para derrubar. A IoT mostrou seu valor, mas ainda existem algumas barreiras. O custo de implementação (50%), a manutenção (44%) e a integração com tecnologias existentes (43%) são os três obstáculos principais. Mas há esperança: já existem tecnologias disponíveis que reduzem o custo da infraestrutura e facilitam o processo de integração.
A IoT traz oportunidades incríveis, mas também ameaças reais. O percentual alarmante de 84% das organizações que usam a IoT já teve uma invasão em seus sistemas de segurança relacionada à IoT. Como a Internet das Coisas continua crescendo, as empresas precisam tomar providências para proteger suas redes e seus dispositivos. Sem visibilidade das atividades de IoT, as organizações ficam abertas a ataques.
E isso varia conforme a região. Pode-se dizer que atualmente, a Europa e a região EMEA em geral têm uma abordagem mais conservadora em relação à IoT. Europa, Oriente Médio e África (EMEA) apresentam 50% de adoção de tecnologias de IoT, contra 60% na região APAC e 66% nas Américas. Isso pode ser resultado da falta de preparo e disposição para explorar os benefícios da IoT: hoje, 17% dos entrevistados da região EMEA afirmam que a sua infraestrutura de TI ainda não está pronta para receber tecnologias da IoT, quase o dobro do percentual nas Américas, mas 82% das empresas da região EMEA planejam adotar tecnologias de IoT até 2019. Portanto, ainda há um pequeno caminho a percorrer para aproveitar ao máximo a IoT.
A IoT já deixou sua marca. Já vimos alguns exemplos fantásticos que mostraram o impacto da IoT no mundo, incluindo o sistema de SYNC da Ford que vendeu dez milhões de unidades e apresenta uma conexão automatizada com os serviços de emergência no caso de acidente, e os inúmeros aplicativos de saúde, como o uso revolucionário de smartphones do Boston Children’s Hospital para ajudar a detectar e combater doenças respiratórias. A IoT não é apenas para os fãs de tecnologia, nem uma forma de estar constantemente conectado à internet por meio de compartilhamento de dados. Ela está revolucionando a forma de operar das empresas e organizações do setor público, fazendo uma grande diferença.
IoT significa negócios. Falar sobre as realizações nos remete ao que significa a IoT. Vale lembrar que no estudo, os executivos de empresas do mundo todo não souberam fornecer uma definição única e coerente de IoT, então ninguém melhor que Kevin Ashton para dar a palavra final. Ashton é um pioneiro renomado da tecnologia e cunhou o termo “Internet das Coisas” em 1999. Mal sabia ele como a IoT seria usada.
Em seu novo e-Book Making Sense of IoT, encomendado pela Aruba, Ashton fornece a seguinte definição: “O que é a Internet das Coisas? Não significa conectar objetos do cotidiano, como torradeiras e refrigeradores, à internet. Já existem produtos para isso, mas é difícil ver por quê… O que define a Internet das Coisas é a captura de dados… A ‘Internet das Coisas’ se refere a sensores conectados à internet e comportando-se de uma forma semelhante à internet, fazendo conexões abertas e ad hoc, compartilhando dados livremente e permitindo usos inesperados. ”
Resumindo, a IoT é agora uma coisa séria. E como é que ficam as pobres torradeiras inteligentes?
Morten Illum, vice-presidente da Aruba, empresa Hewlett Packard Enterprise para a região EMEA (Europa, Oriente Médio e África).
