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O código não tem que ser secreto

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Há três anos,  a possibilidade de que a EMC um dia ofereceria um código aberto livremente para o mundo seria considerada uma heresia. Até então,  a ideia era a de que apenas compartilharíamos nosso próprio código fonte sobre nosso cadáver. Reconhecemos, naquela época, que para ganharmos no mundo da nuvem nativa era preciso fazer uma mudança radical de atitude em relação a código aberto. Por quê?

Em primeiro lugar, porque o sucesso como fornecedor neste mercado tem a ver com ter o apoio da comunidade sobre aquilo que você faz. Segundo porque o código aberto nos permite avançar mais rápido no desenvolvimento feito por comunidades de desenvolvedores. E em terceiro lugar, queremos eliminar as preocupações em torno de lock-in (obrigação em alterar o preço de um produto de acordo com diferentes clientes).

Esta mudança de paradigma levou alguns anos para se manifestar, mas recentemente aceleramos o passo. Ao fazer essas contribuições, aprendemos detalhes importantes sobre a participação no mundo do Open Source que valem a pena compartilhar:

  1. Quando você sente que está quase pronto para compartilhar seu código, você já está.

Tradicionalmente, quando imaginamos o lançamento de um produto, pensamos: “Temos que deixá-lo perfeito e resolver tudo antes de colocá-lo no mercado”. Mas quando o assunto é código aberto é muito menos importante obter coisas perfeitas inicialmente e mais importante lançá-lo como domínio público para que a comunidade possa trabalhar, crescer junto com ele e, aí sim, deixá-lo perfeito.

O que aprendemos com os lançamentos recentes é que você tem mais credibilidade lançando o software  e assumindo esta condição de aperfeiçoamento ao invés de vez de fingir que tudo está impecável e tratar o lançamento como um produto acabado.

  1. Você não precisa da comunidade para começar o projeto, mas precisa do seu comprometimento para finalizá-lo.

Você pode pensar que ao liberar o código aberto de algum projeto,  será necessário ter mais 50 parcerias engatilhadas para compensá-lo. Na verdade você não precisa. A chave para a condução de uma iniciativa colaborativa está em apenas ter comprometimento em desenvolver um trabalho de qualidade. Se ele tiver de fato valor, a própria comunidade vai sustentar seu desenvolvimento.

  1. Sua comunidade é auto seletiva

Você não consegue sempre escolher seus parceiros – a comunidade sim, os seleciona. A Intel é um dos nossos grandes parceiros, mas não antecipamos as principais contribuições que, em conjunto, fizemos com a Oregon State University.  A universidade já usa um código aberto iniciado pela EMC e Intel para desenvolver um novo plug-in.

E por quê a universidade se envolveu numa iniciativa dessas? A participação em projetos de código aberto são uma ótima maneira para os alunos projetarem seus talentos e nomes na sociedade e no meio científico.

  1. Nem todas as licenças de código aberto são iguais

Existem muito tipos de licenças diferentes para códigos abertos. As diferenças entre as licenças são extremamente importantes para entender como elas podem afetar a contribuição da comunidade. Considerando-se que é possível garantir que todo o código desenvolvido como resultado do projeto continua a ser um “open source”, os outros desenvolvedores podem ter ainda mais interesse com diferentes projetos.  Nosso próximo lançamento sairá inicialmente sob uma licença pública do Mozilla e, em seguida, migrará para o Apache License 2.0, beneficiando a comunidade de maneira única.

E quais os próximos passos? Achamos que muito do desenvolvimento de software e da nossa própria natureza vai trilhar pelo caminho do open source. Isso é comprovado de diversas formas e acontece cada vez mais. Parte de nossos códigos são inclusive compartilhados publicamente em nosso site, na comunidade de desenvolvedores: EMC{code} community.

Conheça os nossos códigos, nos diga o que pensa e contribua em sua programação. Seus comentários vão nos ajudar a nos tornar melhores membros da comunidade do código aberto e a sua contribuição vai fazer um melhor software para todos.

Marcio Sanchiro, especialista sênior em Cloud e Storage no Brasil e Cone Sul da EMC.

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