Assespro quer que governo incentive indústria nacional

0

A Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro) propõe a criação de uma nova lei que incentive governantes a comprar softwares fornecidos por empresas estabelecidas no País.

?Queremos que o governo mude a mentalidade de desenvolver internamente seus softwares?, disse o presidente da Assespro, Ricardo Kurtz. O passo inicial para a discussão de um anteprojeto de lei foi dado com a realização de um seminário sobre compras públicas de software e serviços de TI nesta segunda-feira, 24/7, no Rio de Janeiro.

?Com esse evento a proposta é iniciar um debate para que em 2007 tenhamos o projeto de lei pronto para ser votado?, explicou Kurtz.

A participação da indústria nacional nas compras governamentais de TI ainda é pequena: gira em torno de 18%, de acordo com o presidente da Assespro no Rio de Janeiro, John Forman. ?A concorrência dos players estrangeiros é predatória.

Os governo deveria ser um aliado da indústria nacional?, sugeriu o superintendente do Sebrae no Rio de Janeiro, Bento Gonçalves. Forman lembra que a indústria de TI americana se fortaleceu a partir de encomendas de órgãos governamentais, como a Nasa. Da mesma forma, na China, as empresas chinesas têm preferência nas licitações do governo.

O mercado brasileiro de TI é o 12º maior do mundo. O segmento de software sozinho movimentou US$ 2,72 bilhões no País em 2005, o que representa um crescimento de 15% em relação ao ano anterior. Desse total, calcula-se que aproximadamente 40% sejam compras feitas por governos municipais, estaduais e federal.

Manual

Outra iniciativa da Assespro lançada durante o evento é a edição de um manual sobre compras de softwares pelo setor público. O documento tira uma série de dúvidas sobre o assunto e será distribuído a prefeituras, governos estaduais e ao governo federal.

Segundo Kurtz, algumas exigências em licitações de TI são equivocadas e atrapalham a concorrência. Uma delas é a exigência de cadastro no CREA, quando muitas empresas de TI não têm necessariamente pessoas formadas em engenharia.

Outro problema apontado pela Assespro é a contratação de serviços de software em pregão eletrônico, que na maioria das vezes nivela por baixo, sem contratar a empresa com o melhor serviço. Outro exemplo criticado pelo manual é a contratação de fundações públicas para serviços de TI sem licitação, impedindo a concorrência das empresas privadas.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.