Publicidade
Início Blogueria Os efeitos do composability na principalidade bancária

Os efeitos do composability na principalidade bancária

0
Publicidade

Tanto nos negócios quanto no nível pessoal, a única constante é a mudança. Em ambos os casos, nossa capacidade de adaptação determina o sucesso. Os momentos de disrupção tecnológica desafiam as convenções empresariais, e é aí que se destacam os líderes visionários, que aproveitam a oportunidade para se reinventar, melhorar a forma como fazem as coisas e atualizar seus processos, conseguindo crescer mesmo em meio à turbulência.

Há uns anos, o mercado vem descobrindo e utilizando a arquitetura de composição, ou o “composability’ para melhorar processos e acelerar decisões. A tendência do composability permite unir diferentes peças para construir, desde sistemas com funções específicas até soluções empresariais completas. De acordo com a Gartner, um negócio digital por composição impulsiona resultados empresariais superiores, oportunos, relevantes e contextuais, graças à plasticidade que ele alcança e que lhe permite redesenhar decisões comerciais e orquestrar capacidades que se adaptam ao ritmo das mudanças nas empresas. Até o final de 2024, as organizações que adotarem essa abordagem superarão seus concorrentes em 80% no que diz respeito à velocidade de implementação de novas funções.

A arquitetura de composição exige a aplicação de quatro princípios básicos:

  • Modularidade: cada componente tem uma tarefa específica pela qual é responsável.

  • Autonomia: cada componente funciona de forma independente e seu valor não depende de outros componentes.

  • Interoperabilidade: cada componente trabalha com outros, e essa união entrega uma configuração diferencial que resulta em uma função empresarial.

  • Descobrimento: ao compreender a separação dos componentes, cada um é descoberto para ser reutilizado em outras áreas da empresa, aumentando seu valor.

Quando as empresas se apoiam na nuvem – e muitas já operam neste formato -, sabem que suas soluções corporativas na nuvem não podem ser estáticas, por isso o composability se torna uma vantagem competitiva.

O alto valor das arquiteturas componíveis

O conceito de composability pode ser aplicado em diversos segmentos do mercado, desde o setor financeiro e de varejo até o de telecomunicações ou de petróleo.

No sistema financeiro, por exemplo, trabalhar com esta arquitetura permite criar uma estratégia de hiperpersonalização, com mais agilidade, uma vez que é possível organizar os módulos ou componentes com a rapidez necessária para extrair as informações relevantes e decisivas para a tomada de decisão, mantendo-se assim competitivo.

O modelo de composability abandona o uso de silos. As fintechs, por exemplo – que pensam em um conceito modular desde o início de sua operação -, podem incrementar e otimizar a tecnologia de maneira inteligente, aplicando os princípios do composability e alcançando, assim, a velocidade que buscam.

O panorama para os bancos tradicionais que decidirem migrar para o composability é ainda mais vantajoso. Imagine o benefício de, ao invés de trabalhar com informações separadas, ter a integração da infraestrutura e adequar novas tendências do mercado de forma rápida, podendo reutilizar tecnologias que já usam em outra parte do banco, em vez de passar por todo o processo de compra de uma nova tecnologia.

Para o Open Finance, o composability é também um grande aliado, uma vez que permite o consumo de informações e integrações muito rápidas ao longo das diferentes etapas de processos empresariais ou do ciclo de vida do cliente.

Implantar o composability vai além do aspecto meramente tecnológico: requer uma mudança de processos e governança dentro da organização. É necessário que o pessoal de diferentes áreas compreenda como esse modelo funciona para reutilizar de forma inteligente os componentes de acordo com as necessidades do negócio.

Essa visão 360º e oportunidade de administrar informações e dados da forma que seja mais estratégica e valorosa para as instituições, resulta em uma entrega mais qualificada de experiência, soluções ofertas para o público final, contribuindo para um relacionamento mais próximo e constante com o cliente e ganhando espaço para ser o principal parceiro na jornada financeira.

Fabio Kruzich, diretor da área de Consultoria da FICO América Latina.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile