Pressionado pelas dificuldades impostas pelas barreiras comerciais levantadas pelos Estados Unidos, o governo de Cuba está buscando caminhos alternativos para inserir sua população dentro de um programa de inclusão digital do conhecimento.
Marisel Sosa e Mayra Marina Sánchez Barreto, diretoras da Casa Consultora Disaic, empresa de consultoria cubana, estiveram em Brasília conhecendo o know-how brasileiro em tecnologias sociais para democratizar e universalizar o acesso da população à comunidade virtual, e abrir canais de informação entre a sociedade e o setor produtivo daquele país.
Contratadas pelo Ministério Siderúrgico-Mecânico de Cuba para levar as experiências brasileiras ao país , as diretoras visitaram o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e também conheceram as iniciativas dos tele-centros comunitários.
As dirigentes fizeram uma visita ao Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), onde foram recebidas pelo diretor do Instituto, Emir Suaiden, e pelo chefe da assessoria de Cooperação Técnico-Científica, Paulo Siqueira.
Na exposição geral sobre as atividades do Ibict, Paulo Siqueira apresentou várias ações que podem vir a configurar, no futuro, possibilidades de parcerias ou intercâmbio entre o Brasil e Cuba, como o Prossiga, o Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT) e o Cana lCiência. Também foram demonstrados todos os esforços empreendidos pelo Ibict para acentuar o processo de inclusão social e digital da população brasileira.
?Estamos dando prioridade à questão da inclusão social. Há muita gente em nosso país que não tem oportunidade de emprego e renda e nem mesmo de informação. Por isso, estamos dedicados a aprimorar mecanismos e metodologias que possibilitem a inclusão digital como instrumento de inclusão social?, salientou o diretor do Ibict.