Brasileiro que baixa apps gasta em média R$ 13 por mês

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O brasileiro que possui smartphone e que costuma realizar downloads de apps gasta em média R$ 13 por mês com esse tipo de conteúdo. É o que revela uma pesquisa realizada pela JD Power do Brasil em setembro deste ano. O mais rentável é o usuário de iPhone: seu gasto mensal médio com apps é de R$ 23,70, enquanto aqueles com smartphones da Samsung informaram gastar em média R$ 5,74.

De acordo com o levantamento, 62% dos brasileiros que possuem smartphones realizaram pelo menos um download de aplicativo em 2011. Quando analisado por marca de aparelho, os que mais baixaram são os donos de iPhone: 86%. Entre os usuários de smartphones da RIM, da Nokia e da Samsung, os percentuais foram de 64%, 61% e 60%, respectivamente.

A pesquisa perguntou também quais tipos de aplicativos foram instalados. Em primeiro lugar ficou a categoria de games: 65% dos entrevistados que fizeram download de algum aplicativo em seus smartphones disseram ter baixado um jogo. Em seguida, vieram apps das seguintes categorias: redes sociais (64%); envio e recebimento de mensagens, como IMs (37%); entretenimento, como guias de restaurantes, esportes, piadas etc (34%); gerenciamento de documentos, como blocos de anotações, leitores de PDFs, processadores de texto etc (31%); multimídia visual (31%);  viagens, mapas e previsão do tempo (31%); multimídia de áudio (30%); utilitários, como calculadoras, alarmes, agendas etc (29%); e livros eletrônicos (25%). 

Análise

O levantamento da JD Power demonstra o quanto as operadoras móveis estão deixando de ganhar com conteúdo móvel, já que a receita com esses downloads é dividida entre as loja de apps e os desenvolvedores (exceto nas raras vezes em que a compra tiver sido feita em portais das teles ou usando o billing destas). Para se ter uma ideia, esse gasto médio de R$ 13 ao mês com apps é mais que o dobro da receita média mensal de dados dos usuários da Vivo, que foi de R$ 6,1 no terceiro trimestre. E a Vivo, vale lembrar, é a operadora cuja área de serviços de valor adicionado tem a maior participação sobre a receita líquida em serviços móveis: 23,4%. É mais também do que a receita média de um usuário pré-pago, que está na casa dos R$ 12 ao mês.

É verdade que as teles seguem ganhando com o tráfego de dados em suas redes, mas essa fonte de receita vem sofrendo uma corrosão de preços em função da forte competição entre as próprias operadoras e entre redes de outras tecnologias, como WiFi. Uma das saídas experimentada pelas teles é lançar serviços pontuais de alto valor agregado com modelo de assinatura, de forma que possam, ao mesmo tempo, gerar receita e reter os clientes. Servem de exemplo os serviços educacionais da Vivo, como o curso de inglês Kantoo, e o serviço de streaming de música Oi Rdio, da Oi. Outros dados da pesquisa da JD Power foram divulgados na última segunda-feira, 21, em matéria publicada por Mobile Time.

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