Pouco mais de um mês após ser adquirida pela Dell, a fabricante de software e equipamentos para armazenamento de dados EMC anunciou nesta terça-feira, 24, que planeja ampliar seu investimento anual em pesquisa e desenvolvimento (P&D), apaziguando a preocupação do mercado sobre uma possível redução na aplicação de capital para tal fim, já que se tornará uma empresa privada com a conclusão do negócio, entre maio e outubro de 2016.
Em um encontro realizado com a imprensa em São Paulo, o presidente da EMC Brasil, Carlos Cunha, afirmou que a companhia pretende expandir em 58% o investimento em novas tecnologias, que hoje compreende US$ 2,5 bilhões ao ano, o equivalente a 12% da sua receita anual, para US$ 6 bilhões.
Segundo o executivo, a integração das soluções de ambas as empresas também não deve ser motivo de apreensão. "Quase 85% do portfólio da EMC e Dell, principalmente no que se refere a big data e segurança, estão em total sinergia", reforçou. "No segmento de segurança, por exemplo, a oferta da EMC foca na informação, enquanto a da Dell complementa com a parte periférica", exemplificou.
As vendas de soluções de big data, segurança e a oferta de serviços da EMC, inclusive, não foram afetadas pela crise econômica brasileira de 2015, ainda de acordo com Cunha, ao comentar o desempenho da companhia no país neste ano. "O ano foi bem complicado, um período em que a EMC ajudou mais os clientes com soluções financeiras", declarou. Para 2016, as projeções seguem pouco otimistas, sem expectativa de crescimento no Brasil.