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Como os dados podem gerar valor econômico?

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“Os dados são o novo petróleo”, segundo o matemático britânico Clive Humby. Isso significa, efetivamente, que os operadores de plantas de processo possuem enormes campos de petróleo em suas instalações? Isso seria ótimo! Mas Humby esclarece: os dados se assemelham ao petróleo porque “é valioso, mas se não for refinado, não pode ser realmente aproveitado. Tem de ser transformado em gás, plástico, produtos químicos, entre outros para criar uma entidade valiosa que impulsione atividades lucrativas; portanto, os dados devem ser estudados e analisados para que tenham valor”. Isso indica o trabalho necessário para que a comparação acima seja verdadeira. Mas qual forma esse processamento de dados adicional – ou melhor, enriquecimento de dados – deve assumir?

O primeiro problema é que os dados da planta são gerados não apenas durante a operação, mas também muito antes do comissionamento: na engenharia e automação de processos, bem como a partir de simulações e muitas outras áreas. Soma-se a isso o fato de que esses dados são distribuídos em inúmeros sistemas: alguns são documentados digitalmente, enquanto outros ainda estão em papel, em pastas, e em arquivos físicos. Não há conectividade ou sincronização. Esses dados, que frequentemente estão desatualizados e foram substituídos, são conhecidos como dados obscuros (dark data, em inglês).

Esses dados obscuros estão muito longe da comparação de Humby: como informações inconsistentes, incoerentes e imprecisas podem ser enriquecidas e transformadas em algo de valor? E existe uma maneira econômica de conseguir isso? A resposta é sim! E, felizmente, a solução já existe: o gêmeo digital da planta como uma cópia virtual da realidade para todo o ciclo de vida do seu negócio. Isso pode ser implementado em plantas brownfield e projetos greenfield. Um requisito essencial para o uso bem-sucedido, entretanto, é que ele sempre reflita o estado mais recente da planta física.

A Siemens oferece a solução de software baseada em nuvem PlantSight como base tecnológica para um gêmeo digital completo. Com um navegador padrão (Chrome, Firefox,etc..), o usuário pode acessar o PlantSight para resolver o problema mencionado acima – consolidando dados de diferentes fontes usando conectores. Outro fator importante é o uso de inteligência artificial (IA), que pode consolidar as informações da planta e adicioná-las, se necessário.

O PlantSight também pode ser usado para fornecer dados em um contexto específico da planta, o que é importante para entender seu significado preciso e reagir de forma adequada às mudanças. No portal online do PlantSight, os usuários podem acessar informações baseadas em funções e ter recomendações de ação suportadas por IA. Para medir o sucesso de longo prazo, as tecnologias integradas garantem que a qualidade e integridade das informações da planta sejam constantemente monitoradas e que as mudanças no desempenho da planta em termos de recursos ou modificações possam ser comparadas.

O gêmeo digital criado usando o PlantSight serve como a imagem dinâmica da planta, que compreende dados de controle de processo e automação, projeto e informações de engenharia, simulação e dados operacionais. A plataforma do gêmeo digital no PlantSight reúne o mundo real com o virtual, coleta dados de utilização e o apóia na tomada de decisão baseada em Inteligência Artificial para questões de eficiência e crescimento. Então, a afirmação de Humby é verdadeira? Os dados são o novo Petróleo? Até certo ponto. Quando se trata de processamento posterior, os dados apresentam desafios muito maiores do que o petróleo. Convertê-lo em informação lucrativa requer muita experiência no trato de dados, sua análise e contextualização.

No geral, a comparação de dados com o petróleo minimiza a complexidade deste tópico. E também há um segundo problema. Ao contrário dos dados, o petróleo é limitado tanto como recurso quanto em termos de possíveis aplicações. Embora as reservas de petróleo estejam lentamente se esgotando, no que diz respeito ao uso de dados, estamos apenas começando. O potencial aqui é quase ilimitado, o que nos dá esperança para o futuro: se o rápido desenvolvimento tecnológico do uso de dados continuar, os dados logo se tornarão mais valiosos do que o petróleo.

Eckard Eberle, CEO da Siemens Process Automation.

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